Na maioria das vezes, a decisão mais fácil, aquela que não exige um sacrifício calçado na fé, não representa a escolha que Deus gostaria que fizéssemos. Evidente que, como nos deu livre arbítrio, Ele não puxa a nossa orelha e obriga-nos a seguir forçadamente a Sua orientação. Todavia, como cristãos, se de fato o somos, devemos estar atentos à voz do Espírito Santo para tomarmos caminhos que aos olhos do mundo não representam inteligência – inclusive por exigir sacrifícios – mas, sem dúvida, são as melhores opções pela sintonia com a vontade de Deus. O tempo, aliás, sempre ratifica isso.
Na Bíblia, no capitulo 1 do livro de Daniel, encontramos a história de um rei que manda selecionar jovens de Israel “sem nenhum defeito” para, após uma preparação, assistirem no palácio. “E determinou a ração diária das finas iguarias da mesa real do vinho que ele bebia”, lê-se. Apesar do “irrecusável” convite para saborear os mesmos manjares servidos ao rei, eis que o jovem Daniel, ouvindo a voz do Espírito Santo, opta por reusar.
“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; então pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não contaminar-se. Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos”, Daniel (1:8-9). O livro mostra ainda que Daniel ficou à base de legumes e água. E com este simples cardápio conseguiu, em pouco tempo, uma melhor aparência que os demais jovens que aceitaram as tais iguarias, o que fez, inclusive, com que fosse adotado o mesmo menu para todos, posteriormente.
Na sua ímpar condição de provar a existência de Deus na vida dos que acreditam Nele da forma correta, à base da fé sobrenatural vivida em Jesus Cristo, a Bíblia ratifica neste texto a grande e imprescindível importância de sempre darmos ouvido ao Espírito Santo no momento de tomarmos uma decisão, para que evitemos cair na armadilha da contaminação preparada pelo maligno.
Num mundo onde se busca o sucesso profissional a todo e qualquer preço, um texto que mostra a seleção e preparação para servir ao rei em seu palácio, resume a ópera. Haveria trabalho melhor naquele tempo? O natural seria o caminho mais fácil. Não apenas para usufruir das coisas “boas” que o próprio rei desfrutava, mas também para não contrariar a majestade.
Note-se que ao se referir à contaminação, a Bíblia (seria bom abri-la e acompanhar) não explica qual seria essa contaminação de forma clara. É como se deixasse com a sua magia aberto a todas as gerações que fitar o texto o convite de tentar também ouvir a voz do Espírito Santo e fazer as perguntas em forma de monólogo: “que contaminação me aguarda neste caminho mais fácil de seguir? Quais as iguarias à disposição para conciliar o texto de Daniel e a minha realidade?” Seja qual for a decisão a ser tomada, uma reflexão, uma oração sincera a Deus, em nome de Jesus Cristo, nos dará a resposta precisa.
Se o amigo internauta está para tomar uma decisão, escolher um caminho, ou fez isso por estes dias, busque Deus. Ore. Escute o Espírito Santo. Observe entre as alternativas oferecidas qual a que lhe aproxima mais de Daniel, e, a exemplo dele, sacrifique pela fé. O resultado será tão positivo que, certamente, seu exemplo também acabará sendo pedagógico na multiplicação da fé.
Deus no comando.
Modificado em 02/11/2014 07:50