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A música diz “chama Edvaldo”. Eu digo, acorda Edvaldo…

Edvaldo e Eliane: tática perigosa

Por Joedson Telles  

Não colocaria jamais a credibilidade de um colega jornalista em xeque, sem ter em mãos provas irrefutáveis prontas a fazer desmoronar juízos externados de forma açodada. Mas confesso que custei a digerir o que li no site Ne Notícias, nesta manhã do sábado 15, após um cuscuz quentinho com manteiga e ovos: o governador Jackson Barreto vai aos bairros de Aracaju, “de porta em porta, entrar na cozinha” e pedir votos para o candidato a prefeito Edvaldo Nogueira.

Em sendo verdade, das duas uma: ou Edvaldo Nogueira perdeu o juízo, na posição de líder do projeto permitir que sua promessa de dar qualidade de vida aos aracajuanos tenha como avalista justamente quem é tido como o pior governador da história de Sergipe, quem não cumpre as promessas que fez aos sergipanos na campanha passada ou admite que Valadares Filho fala a verdade quando diz que o povo já decidiu por ele para renovar Aracaju e parte para o tudo ou nada.

De forma seca: apostar em Jackson Barreto com este desgoverno instalado em Sergipe para ganhar uma eleição pode ser a cereja no bolo adversário.

Alguém disse certa feita, e, de lá pra cá, muitos repetem, que “ninguém entende a cabeça do eleitor”. Pode funcionar? Nada em política é descartável. Todavia, o nexo é o chamado tiro no pé resumir o contexto. É a mesma lógica de apostar no time do Sergipe num jogo contra o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, em Madrid, com Cristiano Ronaldo brigando com Messi para ser o artilheiro do ano. É ou não é dar carne a gato? Pobre Sergipe…

Imagine, internauta, o senhor, a senhora que serve ao Estado, mas não recebe seu vencimento em dia, abrir sua porta e dar de cara com Jackson Barreto pedindo voto para seu candidato? Imagine o amigo, a amiga policial militar na mesma situação? As vítimas da violência que toma conta de Sergipe a recepcionar o governador na cozinha de casa?

Imagine a reação de quem é professor, professora do Estado, sobretudo se o governador estiver usando aqueles famosos óculos da onda que tirou com a greve promovida pelo Sintese? Imagine aquele Jackson do passado abrindo a porta para o governador Jackson Barreto?

Pra resumir: exceto a turma do CC, quem quer receber tal visita ilustre e ainda dividir o rango? Neste momento, creio, a taxa de um condomínio fechado, ainda que salgada, salva a pátria. É só o porteiro pronunciar o nome Jackson para o morador responder impaciente: “barre. Nem pense em mandar entrar. Era só o que faltava…”

Sei não, viu? A música diz “chama Edvaldo”. Eu digo, acorda Edvaldo…

Modificado em 15/10/2016 09:31

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