body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

A eleição para governador só será decidida no dia D. O resto é blefe

Por Joedson Telles

Está óbvio além da conta, e quem disser o contrário pega o violão sem saber sequer o acorde mi menor: a eleição para governador de Sergipe só será decidida no dia do pleito. No dia D. Lá saberemos quem serão os dois candidatos que zerarão os velocímetros e disputarão o segundo turno. O resto é blefe.

Hoje, Valadares Filho e Belivaldo Chagas, segundo as pesquisas, iriam para a disputa no segundo turno com Valadares vencendo. Não subestimo as pesquisas. Mas Valadares e Belivaldo têm inteligência suficiente para também não desdenhar dos demais adversários – sobretudo Eduardo Amorim, que vem coladinho.

Atilado, Valadares Filho demonstra não sentar no colo da pequena vantagem. O próprio senador Valadares, aliás, faz o alerta que a eleição não está decidida em prol do PSB, e clama para aliados não descerem a guarda.

Duas eleições seguidas disputando o cargo de prefeito de Aracaju parecem ter sepultado aquele discurso adversário de “menino”. Experiente, Valadares Filho administra a eleição tentando chegar ao segundo turno em primeiro lugar. Sabe que resolver no primeiro turno é utopia, inclusive à luz das pesquisas. E, assim, procura persuadir mais eleitores, aumentando a vantagem, ao mesmo tempo em que tenta se esquivar das setas adversárias de praxe à caça de quem lidera.

Por sua vez, Belivaldo, desmoralizando analista que já tentou lhe tirar do páreo, deixa evidente que essa tática e muito menos pesquisa não o intimida: segue acreditando, obviamente, na vitória. Aliás, é o candidato que mais cresce nas pesquisas.

Galeguinho vive nesta eleição um paradoxo: tem em Jackson Barreto um fiel e forte aliado e, ao mesmo tempo, precisa mostrar ao eleitor que, com ele, Belivaldo, à frente do governo, Sergipe avançou. Proporcionalmente ao tempo que tem como governador, mas avançou. Mas atenção para o drama: não pode ir com muita fome ao prato para não correr o risco de alimentar no eleitor o sentimento que o seu antecessor deixou a desejar.

Já o candidato Eduardo Amorim segue firme acreditando em si, mas, visivelmente, não recebe o apoio que esperava por parte do deputado André Moura, que, nervoso com a missão de tentar salvar a própria pele ou por outro motivo, não corresponde expectativas.

Aliás, contrariado, segundo pessoas próximas, Eduardo, certamente, não deve admitir publicamente, mas, para quem já teve pesquisas favoráveis à reeleição, a mágoa de André Moura (a decepção?) deve fustigar a óbvia reflexão: não seria melhor ter optado pelos Valadares?  “Hoje, Eduardo era o segundo atrás só de Valadares para o Senado e André estava morto”, aposta um aliado, obviamente implorando o off…

Os demais postulantes a governar Sergipe também têm lá os seus problemas, mas, mesmo distantes dos primeiros colocados, segundo as pesquisas, não descartam o discurso otimista.

Até porque, nomes como Mendonça Prado e Dr Emerson, por exemplo, ao disputarem o governo, participando dos debates, interagindo com o eleitor, mesmo que não obtenham os resultados desejados de pronto estão ganhando musculatura para disputar outros cargos em futuras eleições.

Desespero, portanto, é vocábulo chulo para o momento. Socorre os desavisados, mas não resolve a equação. Trabalho é o termo mais apropriado para todos eles – sobretudo os três primeiros colocados, de acordo com as pesquisas.

A história registra: em um dia, num só detalhe se ganha ou se perde uma eleição. E se há exemplos de outros anos, imagine 2018 com o eleitor colocando o título dentro de um freezer desconfiado ao extremo com os políticos?

Não sejamos tolos, pois os políticos jamais se permitem ser: o desenrolar da campanha nas ruas, nas redes sociais, no rádio e na TV, o desempenho nos debates, novos fatos, dinheiro… Fatores e mais fatores podem (devem?) motivar a mudança de sentimento do eleitor que já declarou voto. Do mesmo modo, redirecionar votos em brancos e indecisos. Pergunte aos candidatos quem paga pra ver o contrário… Agora, quem levará a melhor, só Deus sabe.

Modificado em 22/09/2018 09:35

Universo Político: