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A eleição de Aracaju e a importância dos bons apoios

Por Joedson Telles

Excetuando-se um fato improvável a chocar, creio que o eleitor está pronto para ir às urnas, no próximo domingo, escolher quem comandará a Prefeitura de Aracaju, a partir de janeiro de 2021. Uma pequena fatia, que também não alteraria em nada o resultado, pode ainda ter dúvidas, é verdade. Entretanto, a esta altura do campeonato, candidato e número já devem povoar as mentes dos donos dos votos decisivos.

Segundo as pesquisas, um segundo turno entre os candidatos Edvaldo Nogueira e Danielle Garcia está desenhado. A maioria dos aliados de ambos com os quais tive a oportunidade de tocar no assunto tem opinião idêntica, e, evidente, apostam nos seus times. Do lado do prefeito Edvaldo, contudo, não falta quem acredite que a eleição será resolvida já no primeiro turno.

Em se confirmando as pesquisas, que parece ser também o sentimento das redes sociais, ratificaremos facilmente o peso de um grupo político em uma eleição majoritária.

Lógico que o candidato sempre terá méritos. Não é escolhido ao acaso. Há toda uma construção do projeto. Todavia, não podemos deixar de reconhecer que a disputa não precisa ser individual. Aliás, só vai sozinho quem não consegue bons apoiadores. A disputa sonhada é sempre um candidato forte de um grupo idem x um adversário fraco e isolado.

Nesta engenharia, como todos sabem, não pesa apenas o tempo de TV que é acrescido por cada partido aliado com representante na Câmara Federal.  Se isso é importante, o que dizer da densidade eleitoral de cada político aliado do candidato? Carreatas, passeatas e aparições na TV destes apoiadores não deixam dúvidas da importância do coletivo no projeto vitorioso.

Em se confirmando as pesquisas, não será Edvaldo x Danielle de forma seca. Mais que isso, Edvaldo, Belivaldo, Laércio, Fábio, André, Katarina… x Danielle, Alessandro, Milton, Georgeo, Amorim, Valadares… A credibilidade que já valeu votos a cada político a pisar o palanque é, digamos, emprestada ao candidato durante o pleito.

Lógico que a transferência de votos não é de 100%. Nem chega perto disso. Mas, sem grupo, as dificuldades para se vencer uma eleição majoritária, obviamente, são imensas.

Não gratuito o candidato que se mostrou, até aqui, mais preparado entre os que fazem oposição ao prefeito Edvaldo Nogueira – no nosso modesto juízo – foi o delegado Paulo Márcio. Um crítico duro da atual gestão, mas que todas as vezes que foi provocado a expor suas ideias para administrar a capital se mostrou preparado. Paulo não é oco. Sem um grupo forte, contudo, não conseguiu aparecer bem nas pesquisas. Sequer na TV.

O curioso é que, se por um lado, um aliado pode vitaminar uma campanha, por outro, nem sempre soma positivamente. Às vezes, sua história, sua imagem junto ao eleitor contribui para derrubar o candidato. O chamado pé frio também é problema. Em ambos os casos, o resultado final é o mesmo de quem não consegue apoio e vai só: ver o adversário comemorar a vitória.

Modificado em 12/11/2020 10:25

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