Após ter seu nome citado no programa Liberdade sem Censura, da Liberdade FM, ancorado pelos radialistas
Marcos Aurélio e Eli Augusto, pelo deputado estadual capitão Samuel Barreto, que fez duras críticas às suas ações durante o comando da Polícia Militar, o ex-comandante da PM, o coronel Maurício Iunes, esteve nos estúdios da emissora e respondeu ponto a ponto. “O que esse deputado fala não se deve levar em consideração, porque ele fala tanta besteira… E o pior: parece que não conhece nem o regimento da corporação, muito menos sobre segurança”, disse Maurício Iunes.
O objetivo da participação do ex-comandante foi o de esclarecer as declarações do deputado. “Eu acabei mesmo com o programa ‘amiguinhos da polícia’, porque se transformou numa ação eleitoreira, praticada por um militar, que é candidato agora nessas eleições. Quando eu identifiquei esse tipo de prática, acabei com isso, sim”, admitiu. o ex-comandante. Iunes revelou também que quando foi transferido para o Batalhão de Propriá, se negou, sim, a ir porque iria ser, como coronel, ficar subordinado a um tenente-coronel e isso não é permitido pela hierarquia da PM.
“Sobre a afirmação de Samuel, que eu teria trazido revólveres calibre 38 do Paraná, esse deputado é muito mal informado. Quem na verdade trouxe esse tipo de armamento para Sergipe foi um outro comandante, muito ligado ao próprio deputado. As armas que eu trouxe foram pistolas ponto 40, num convênio com o estado de São Paulo. Sai do comando por uma decisão pessoal, e comuniquei ao governador. Aliás, eu antes já havia pedido exoneração duas outras vezes”.
Finalizando a entrevista, o coronel Iunes explicou que a sua relação com o então secretário da Segurança Pública, Mendonça Prado, nunca teve qualquer tipo de problema. “Ao contrário, Mendonça é meu amigo e somos amigos até hoje. O que houve foi uma onda de boataria, cujos interesses foram os mais diversos, criando um clima, perante a sociedade, onde se imagina que existia uma disputa entre nos dois. Não teve isso”, garantiu Iunes.
Durante o programa, o ex-comandante respondeu aos questionamentos dos ouvintes e no final, o capitão Samuel teve uma participação, onde reafirmou o que disse no dia anterior. Também revelou o deputado que o ex-comandante “tem, ou teve uma empresa de segurança privada e que no seu comando ele prejudicou a tropa”. Sobre essas acusações, Iunes garantiu que não teve, nem tem uma empresa nesse setor. “A empresa é da minha irmã, e o senhor, deputado, esteve lá para comprar, ou é mentira minha? E sobre ter prejudicado os militares, a minha consciência está tranquila, pois sei que o que fiz foi promover avanços aos militares e a corporação”, finalizou.