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Valadares joga responsabilidade do pleito de Aracaju no colo do governador

Valadares: experiência

Por Joedson Telles

A oficialização da aliança PSB/PSD não emerge como um sinal de alerta apenas para o prefeito João Alves, no tocante à força da oposição no processo eleitoral de Aracaju: o governador Jackson Barreto está intimado a abraçar o projeto Valadares Filho – sob pena de das duas uma: enquanto líder do grupo, ser o maior responsável por uma suposta reeleição de João Alves, ou mesmo, por vaidade, passar por cima do projeto Valadares Filho, fabricar uma candidatura, como sopram os ventos, e amargar a terceira ou quarta posição nas urnas.

Ao antecipar notícias, que ao compasso de em outras eleições só seriam conhecidas nas convenções partidárias, no meio do ano, o senador Antônio Carlos Valadares, líder maior do PSB e do projeto Valadares Filho – seja por estrada ou densidade eleitoral – age como mestre. Joga a responsabilidade no colo do governador – sobretudo se conseguir, como promete buscar incansavelmente, as adesões do PDT, PRB e PC do B, entre outros, deixando o PMDB isolado.

Explico. João Alves Filho, que ainda não se disse pré-candidato, mas ninguém imagina o contrário, sempre larga com, mais ou menos, 30% das intenções de voto em suas campanhas. Ou seja, é um candidato forte por natureza. Enfrenta, evidente, problemas em sua gestão que serão objetos da confecção do discurso da oposição. Entretanto, emplacar tal alocução seria bem mais fácil se a administração Jackson Barreto não fosse a pior de todos os tempos. Se o governador aliado da oposição não fosse o mais fraco da história, a julgar não apenas pelo atual momento de Sergipe como também por lamentações da própria cozinha governista.

Como a oposição cobrará de João Alves, tendo Jackson Barreto no palanque, fazendo uma gestão pífia? Fraca? E a coerência? A inteligência do eleitor aceitará? Sem fazer nada, portanto, Jackson já emerge como um peso. Um cabo eleitoral de João Alves. Imagine se inventar candidatura contra o aliado que estiver bem nas pesquisas com chances maiores de enfrentar uma suposta candidatura de João Alves?

O momento atual imputa ao governador papel bem diferente no processo. Primeiro governar. Melhorar Sergipe, e, por tabela, sua imagem para poder amparar diretamente aliados. Caso não consiga, ajudar no anonimato. Aparecer nas condições atuais tira voto. Segundo, liderar, de fato, o grupo. Sentar com os aliados, ver os números e apostar em quem, de fato, tem chances. Mexer no tabuleiro de forma a não prejudicar quem, realmente, pode chegar à disputa em pé de igualdade com João Alves, que, repito, não anunciou a pré-candidatura, mas ninguém cogita a eleição sem a sua participação – direta ou indiretamente.

Fora isso, melhor para Valadares Filho – ou Edvaldo Nogueira – que Jackson esteja bem distante do palanque. Aquele Jackson oposição ao sistema que elegia até “um poste” deu lugar a um Jackson governador bem diferente. Frustrando expectativas ingênuas, os fatos não mentem.

P.S. Vale observar que na mesa que celebrou o acordo PSB/PSD havia um senador, dois deputados federais, dois estaduais entre outros políticos. 

Modificado em 12/01/2016 08:24

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