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Valadares Filho: “João Alves morre de medo da renovação. De enfrentar novas ideias”

“Fazem crítica que não temos experiência por preconceito à juventude”, assegura

Valadares Filho: falando em renovação

Por Joedson Telles 

Pré-candidato a prefeito de Aracaju, nas eleições 2016, o deputado federal Valadares Filho (PSB) assegurou que adversários tentam persuadir que ele não tem experiência para ser gestor da capital pelo fato de estar em jogo dois projetos contrários: a continuidade a a renovação. “João Alves morre de medo da renovação, morre de medo de enfrentar novas ideias, uma candidatura com novas energias, com novas perspectivas e com vontade de acertar. Os nossos adversários liderados por João Alves têm pavor de enfrentar, na próxima eleição, uma candidatura que dará novos sonhos ao povo de Aracaju e novas perspectivas ao futuro da cidade. Eles fazem essa crítica, que não temos experiência, primeiro por preconceito à juventude, à renovação política, e depois por receio de perder a eleição para a renovação, como já perderam no passado”, diz o deputado, que comenta ainda outros aspectos da política sergipana e o tema da moda, que perpassou Brasília: a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A entrevista:

Dilma deixará a presidência?

Eu acho que, hoje, a grande tendência é de não sair o impeachment de Dilma.É o que eu sinto no Congresso e nos corredores da Câmara dos Deputados por um motivo preponderante, que é a questão que ficou clara em relação ao afrontamento pessoal entre o presidente da Câmara e a presidente da República. O impeachment foi motivado por uma ação política entre os dois e ficou claro para sociedade e para os membros do parlamento brasileiro, apesar de ter ações de pedido de impeachment de juristas, e até ex-integrantes do PT, mas o fato em si da última quarta-feira ficou muito nítido que foi uma questão política. Por isso, no quadro de hoje, eu não acredito que haja o impeachment. São 342 votos. É uma grande votação na Câmara. Eu não creio que hoje tenhamos 342 votos favoráveis ao impeachment por esse motivo que disse.

Esta tentativa de impeachment pode servir de ferramenta para sangrar mais o país?

Eu acho que tem que ser um tema superado. Tem que ser um processo rápido. Se vai ter ou não impeachment, isso tem que ser o mais rápido possível porque o Brasil não pode parar para ter uma discussão política, apesar de muito importante, como essa. Eu creio que o Brasil precisa superar essa fase mais crítica da crise política que estamos vivendo e fazer com que a gente possa voltar a crescer, gerar emprego, mexer na economia e dar uma melhor vida para os brasileiros. O Brasil precisa ter um novo rumo que é superar a crise política, passar essa fase difícil que estamos vivendo.

O senador Valadares afirmou que, caso haja o impeachment, assume o PMDB, que também gerou a crise e, logo, não resolveremos nada. É isso?

O próprio presidente da Câmara é integrante do PMDB. Eu creio que o que nós precisamos nesse momento é de uma estabilidade política para mexer na economia e não creio no impeachment como está sendo discutido. Fico muito à vontade para falar sobre isso, porque não votei nela nem no primeiro e nem no segundo turno. Sou opositor da presidenta Dilma em relação à base no Congresso Nacional, faço críticas diversas ao seu governo porque acho que têm muitos erros, principalmente na condução da economia que tem lavado ao país para essa grande dificuldade que estamos vivendo, mas da forma que está sendo discutido o impeachment eu não creio que seja a saída para vencermos a crise política. Podemos agravá-la, arranhar o país democrático que temos hoje e termos mais dificuldade de superar a crise ética, econômica, institucional que possamos ter.

Melhor sentar e resolver os problemas com a presidente no poder?

O Governo vai mal e muito mal. A avaliação de cerca de 9% que a presidente vem tendo não é à toa. O povo está insatisfeito com seu governo e com razão, principalmente na condução do país. A econômica do país. O Governo precisa de novos rumos, precisa trabalhar no desenvolvimento, na infraestrutura na geração de emprego que tem tido recordes e recordes de desemprego. Tivemos, essa semana, dados do IBGE, que eu fiz inclusive um pronunciamento sobre isso, colocando que o Brasil está na maior recessão dos últimos 19 anos, com recuo de 1,7% no PIB. Isso é muito grave para o futuro econômico do país e para a melhoria da vida dos brasileiros, da geração de emprego. Eu creio que a presidenta precisa sentar, verificar os erros e verificar novas perspectivas para o futuro. Se isso não acontecer vai ser mais grave ainda. Esperamos humildade do Governo Federal e nós estamos abertos a isso. O PSB está muito aberto a isso. O PSB não defende e não é a sua história bandeira de impeachment, mas os problemas do país têm que ser discutido, não abafados, e creio que esse processo, por mais que seja traumático, a gente superando eles, será importante para podermos traçar os próximos objetivos para o futuro.

A crise acaba agora?

Não creio que acabe agora. Eu creio que podemos passar etapas importantes agora. Que a gente possa dar passos adiante para superar lá na frente, mas vai demorar algum tempo ainda.

Valadares Filho está satisfeito com o tratamento dado pelo Governo Federal a Sergipe?

Eu acho que podia tratar muito melhor. O governador Jackson Barreto faz um esforço tremendo para que os recursos cheguem aqui. Alguns estão chegando, mas poderia sem melhor tratado até pela votação que a presidenta Dilma teve em Sergipe, no primeiro e no segundo turno, e o próprio governador é um aliado fiel da presidenta Dilma, um aliado correto que até nessa hora difícil demonstra personalidade, coerência na defesa da presidenta. Sergipe poderia ser melhor contemplado, o governador está trabalhando para isso e eu espero que isso aconteça.

Já está conversando com o grupo sobre a sua pré-candidatura a prefeito de Aracaju, em 2016?

Toda pré-candidatura majoritária precisa de muita tranquilidade na construção. Maturidade e pés no chão. O PSB sabe da sua responsabilidade no próximo ano. O PSB sabe que, a partir do momento que disputamos a eleição de 2012 com João Alves, que perdemos democraticamente nas urnas, e, agora, verificamos que a população está muito decepcionada com a administração atual, o PSB não pode fugir da responsabilidade de combatê-la e disputar novamente com uma proposta inovadora. Essa posição o PSB não vai fugir, está muito focado. O PSB está trabalhando muito um programa para apresentar novamente à sociedade, assim como fizemos em 2012 nos debates, nas entrevistas, nas ruas, de casa em casa com o povo aracajuano. E fazer essa discussão também na política, com os partidos aliados, companheiros que estiveram junto conosco em 2012, companheiros que podem estar junto conosco em 2016, mas estamos fazendo isso também com muito respeito aos partidos aliados. Nós estamos fazendo isso com muita maturidade, sabendo que é legítimo os partidos pleitearem os seus espaços políticos, mas creio que o objetivo de todos é vencer a eleição – e fazer com que Aracaju tenha esse momento de renovação e mudança do ciclo administrativo, que saia dos vícios atuais que estamos vendo na atual administração. Estou muito otimista que no momento adequado possam chegar à unidade necessária para que a gente tenha condição plena na campanha eleitoral, demonstrar que Aracaju pode viver melhores tempos e que a gente tenha a possibilidade de construir tudo o que sonhamos para o futuro da cidade.

Acredita na unidade do grupo? Uma só candidatura?

Acredito e defendo. O PSB defende. Creio que é a melhor solução para a gente ter uma campanha coerente, combativa e vitoriosa.

O ex-prefeito Edvaldo Nogueira, também pré-candidato, acredita numa polarização entre ele e João Alves. O que o senhor pensa sobre este juízo?

Eu creio que a polarização não é dita por mim. É dita pelo povo nas ruas. Está muito clara entre a antiga forma de administrar e a renovação administrativa. As pessoas querem uma nova perspectiva para o futuro. As pessoas querem oportunizar uma nova geração para governar a cidade. Se pegar em qualquer lugar de Aracaju vão dizer que querem uma coisa nova. Novas ideias. Um momento diferente para a cidade, e, consequentemente, a proposta do PSB se encaixa muito com esses anseios da sociedade e polariza naturalmente com a gestão antiga, atrasada, do prefeito João Alves, e isso tem acontecido de forma natural. Eu fui a pessoa que disputei com João Alves em 2012 e, consequentemente, contribui para que aquela proposta de renovação que mostramos em 2012 chegue ainda com mais força em 2016 em virtude com descrédito e da grande desconfiança que o povo aracajuano tem com a atual gestão do prefeito João Alves.

Este sentimento de frustração que o senhor descreve sobre a gestão João Alves é do deputado Valadares Filho ou visto nas ruas?

As pessoas estão sentindo. Estão muito decepcionadas com tudo que foi prometido e muito pouco foi cumprido. Isso gera dentro do povo aracajuano o sentimento de que precisamos mudar isso, dar uma oportunidade a uma nova geração de Sergipe para gerir a cidade. A gente precisa acreditar nas novas ideias, como outras cidades acreditaram e vem dando certo, apesar da dificuldade econômica que vive o país. Eu dou o exemplo de ACM Neto (Antônio Carlos Magalhães Neto, prefeito de Salvador). Tem feito uma boa gestão, apesar de ser opositor ao Governo Estadual, ao Governo Federal, e pegar uma prefeitura com muita dificuldade. Eu não tenho nenhum problema em elogiar ACM Neto que é do partido do prefeito João Alves (DEM). Com a sua energia, juventude, sensibilidade de formar uma nova equipe, que é isso que o gestor novo tem que ter: oportunizar uma nova geração para participar da administração pública, logicamente com competência na área para isso. Infelizmente, temos hoje em Aracaju uma equipe com vícios do passado, com nomes muito parecidos que governaram Sergipe, há 20 anos, e a gente não vê uma modernização na administração de Aracaju e o sentimento do povo de Aracaju é de renovação.

Os problemas de Aracaju, então, não são exclusivos do prefeito? O secretariado não dá a resposta que o povo espera? É isso que o senhor quer dizer?

Sem dúvida. O prefeito João Alves não teve a sensibilidade de formar uma nova equipe. Têm jovens pontualmente colocados, mas no geral é uma equipe que já esteve com ele no governo há 20 anos. Uma equipe que não se modernizou, que não teve a tranquilidade de verificar que o mundo mudou, que a administração pública mudou e que as coisa hoje são diferentes. A gente vê uma administração sem sintonia entre ela mesma. Uma secretaria faz uma coisa, outra faz outra coisa, o prefeito pensa de forma, o vice-prefeito pensa de outra. Não tem uma harmonia na administração municipal de Aracaju com um objetivo só, que é a harmonia da cidade.

Como podemos separar a crise econômica dos problemas de gestão?

Gestão com quadros competentes que se coloque nas pastas adequadas aos seus currículos. Acho que o administrador moderno tem que ter força de vontade para buscar soluções para os graves problemas que vive. A cidade de Aracaju não é numa ilha. Às vezes, eu vejo declarações do prefeito João Alves dizendo que não conseguiu honrar os compromissos porque o país vive uma crise. Os municípios menores vivem uma crise, sim, as capitais vivem também, mas não tanto para que Aracaju seja tão mal avaliada, e tão mal administrada como é. Maceió, João Pessoa, Salvador não estão assim. Em Recife, o nosso prefeito, Geraldo Júnior, está com 75% de aprovação. Um prefeito opositor ao Governo Federal. É ter a oportunidade de enfrentar os problemas com modernidade, com soluções e quadros modernos, verificando da melhor forma possível. Não colocando justificativas porque não resolveu as coisas. Eu acredito que fazendo uma gestão fiscal importante, tendo a oportunidade de fazer com que pessoas que ainda não tiveram oportunidade de participar da administração pública, mas tem currículo e preparo para isso, trazer para administração. Essas pessoas chegam com energia, com vontade de acertar, as pessoas não vão querer perder a oportunidade. O que falta na prefeitura de Aracaju é gestão inovadora. Criatividade. O prefeito João Alves fez ações conservadoras, que podiam aumentar a arrecadação e vão aumentar, principalmente em relação ao IPTU que, em 2016, vai ter mais dinheiro nos cofres, mas são ações tradicionais que todo gestor fez há 20, 30 anos, em virtude das dificuldades financeiras. O que devemos fazer é transformar essa nova arrecadação e outras que possam vim em gestão para o povo de Aracaju, em obras, em melhoria de vida. Em fazer com que a gente possa valorizar os servidores. A gente ter a possibilidade de não transformar essa fonte de recursos somente em tapar buracos, que ele mesmo fez, porque o prefeito João Alves, hoje, tem uma capacidade de endividamento muito precária, coisa que não tinha antigamente. A Prefeitura de Aracaju, hoje, tem problemas com os servidores, com seus fornecedores, em cumprir contrato em serviço de limpeza, inclusive um serviço básico da prefeitura. Que esses recursos que vão vim a mais não sirvam somente para tapar buracos, mas sirvam para melhorias da cidade e também que não seja só utilizado para um ano de eleição.

Aliados do prefeito colocam que Valadares Filho não tem experiência. Será o tom da campanha?

Em relação a isso, João Alves morre de medo da renovação, morre de medo de enfrentar novas ideias, uma candidatura com novas energias, com novas perspectivas e com vontade de acertar. Os nossos adversários liderados por João Alves têm pavor de enfrentar, na próxima eleição, uma candidatura que dará novos sonhos ao povo de Aracaju e novas perspectivas ao futuro da cidade. Eles fazem essa crítica, que não temos experiência, primeiro por preconceito à juventude, à renovação política, e depois por receio de perder a eleição para a renovação, como já perderam no passado. Isso faz parte do discurso político, mas eu tenho muita responsabilidade assim como fiz em 2012. Eu fui candidato em 2012 e me sentia preparado para governar a cidade e debatia a cidade, ao contrário do meu adversário que fugiu de todos os debates. Só ia para as entrevistas individuais, e olhe lá, que faltava a muitas. Eu quero que, no próximo, ano eu tenha a oportunidade democrática de debater com João Alves os problemas da cidade e demonstrar que a renovação é o melhor caminho para Aracaju, assim como tem demonstrado os anseios da sociedade. É por isso que surgem as críticas de falta de experiência, a nossa atuação enquanto parlamentar e política porque eles morrem de medo da renovação.

O tempo que o senhor está como deputado federal não garante essa experiência cobrada pelos adversários?

São nove anos no parlamento brasileiro. Estou no terceiro mandato de deputado federal e disputei a eleição majoritária em Aracaju. Debati a cidade, conheci mais de perto os problemas, conversei com a nossa população e tenho feito isso no meu cotidiano. É mais uma crítica que some ao vento, é uma crítica que eles saem que é tentar afrontar o que o povo quer. O povo quer uma renovação administrativa. É só olhar as pesquisas. Você quer uma inovação administrativa ou o que aí está? Você vai ver a resposta e vai ver que a grande maioria da população de Aracaju quer um momento novo para a cidade.

Por ser filho do senador Valadares, o senhor nasceu no meio político. Respirou política logo cedo. Isso também pesa?

Eu nasci em 1980. Meu pai era secretário de Estado da Educação, deputado federal licenciado. E tive a honra e a alegria de acompanhar, durante esses anos quando comecei nos meus passos políticos, e me espelho muito na sua ética, na sua coerência, na sua conduta ilibada na vida pública. O senador Valadares sempre foi uma referencia em Sergipe e no Brasil de como pautar os interesses da sociedade da melhor forma possível. A política é fascinante quando se tem a condição de fazer o melhor para a sociedade. Por isso que além dessa vivencia política que em sempre tive na minha juventude, eu vejo que o mandato executivo dá também a possibilidade de fazer mais diretamente o bem à sociedade. As pessoas me perguntam por que eu quero ser prefeito, com tanto problema para ser prefeito, com tanta fiscalização. Eu não tenho problema com fiscalização porque graças a Deus a minha conduta sempre foi muito correta, e a sociedade reconhece isso. E é uma obrigação, não é um favor que a gente faz não. Acho que o Poder Executivo nos dá a possibilidade de mais diretamente ajudar as pessoas e melhorar a vida de famílias, e nada melhor que a vivência e a vontade de querer administrar, de buscar o melhor para a cidade que nasci. Eu sou aracajuano. Penso dessa forma.

2016 será um ano melhor para Sergipe?

O governo tem feto um esforço muito grande para enfrenta a crie, que é em todo Brasil, dificuldade em arrecadação, dificuldade de repasse do Governo Federal para os governos estaduais e para os municípios brasileiros. Eu como sergipano, e pelo convívio com o governador Jackson e com o vice Belivaldo, vejo o esforço muito grande que eles fazem para superar a crise. Eu espero que 2016 possa ter mais notícias positivas para Sergipe e tenho certeza que será.

Qual o balanço deste ano, no tocante ao mandato de Valadares Filho na Câmara Federal?

Foi um ano muito produtivo que pude marcar a minha posição de combate ao Governo Federal, coerente, de forma respeitosa, mas de combate aos graves erros que o Governo vem cometendo na condução país, mais uma vez um mandato muito atuante nas comissões que eu participo, a comissão de esporte, fiscalizando e acompanhando os preparativos para as olimpíadas 2016, na comissão de turismo me posicionando, debatendo com entidades do turismo para fortalecer o turismo, e tive também uma relação muita estreita e muito firme na comissão de desenvolvimento urbano, que é uma comissão que discute o desenvolvimento das cidades, obras estruturantes nas cidades brasileiras. Na semana passada, fizemos uma audiência pública, através de um requerimento meu, debatendo os desenvolvimento das ciclovias e ciclo faixas nas cidades brasileiras, que é uma grave crise, inclusive em Aracaju, que infelizmente a prefeitura não prioriza a política pública de infra estrutura para ciclistas, para a melhoria da mobilidade urbana, para a qualificação do lazer, para nada. A prefeitura não consegue operar um tema tão importante para a qualidade de vida das pessoas. Foi uma atuação muito firme na comissão de desenvolvimento urbano para que a gente pudesse nos inteirar ainda mais dos problemas que sofrem as cidades, principalmente das capitais brasileiras. Fiquei muito feliz, mais uma vez, com a atuação esse ano no parlamento brasileiro, mas muito triste, por um lado, porque convivi pela primeira vez com a grave crise política, econômica e ética que vive o Brasil. O Brasil está, hoje, numa dificuldade muito grande, esperamos superá-la, apesar da crise institucional eu sei que as instituições continuam funcionando muito bem, existe apenas uma crise de relação com o Poder Legislativo, principalmente com o Poder Executivo, e espero que a gente possa, próximo ano, passar todas essas etapas dificultosas que tivemos esse ano para voltar a crescer.

Modificado em 07/12/2015 09:27

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