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Trabalhadores fazem “vaquinha” para pagar R$ 12 mil de indenização a deputado

Gualberto: chamado de moleque e manhoso

Por Joedson Telles

Os trabalhadores do Sindicato do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) estão realizando uma “vaquinha” para arrecadar R$ 12 mil para pagar uma indenização por danos morais ao deputado estadual Francisco Gualberto (PT), que ganhou na Justiça a ação civil que moveu contra o presidente da entidade, Adilson Melo, o Adilson do Samu, após uma discussão, no dia 2 de abril, na Ilha FM. Na época, o deputado foi chamado de “moleque e manhoso”, e prometeu acionar a Justiça, e, inclusive, agir de outras formas para defender sua honra.

As palavras agressivas do sindicalista contra o deputado petista foram uma reação ao fato de Gualberto, dias antes, ter dito, durante uma sessão na Assembleia Legislativa, quando das galerias os servidores lhe deram as costas, que “quem assiste as coisas de costas pode estar olhando com os olhos que enxergam menos”. Gualberto argumentou que não houve a intenção de agredir ninguém, mas apenas salientar que de costas a pessoa enxerga menos.

O sindicalista, por sua vez, manteve o tom das críticas assegurando não estar preocupado. “Não tenho medo de morrer. Quem nasceu foi para morrer. Ele já puxou um facão para Nivaldo do Sepuma. Não tenho inimigo, e ele me ameaçou. Vou pegar a gravação do programa e ir à Delegacia Plantonista prestar um B.O. (Boletim de Ocorrência) contra ele”, disse.

Após a condenação, Adilson disse, na manhã desta quinta-feira 6, na Ilha FM, ao radialista Jailton Santana, que no Samu, os servidores não falam em outro assunto. Acham que Gualberto errou principalmente por ser oriundo do meio sindical e ter chegado à Assembleia Legislativa também com voto de servidor.

“Ele sempre será lembrado por isso. Agora o mais interessante é que a Justiça disse que a indenização ficou em R$ 12 mil por conta da minha condição econômica, mesmo eu não ganhando nem R$ 1,3 mil nos meus dois empregos. Achei injusto. Ele me ameaçou”, lamentou Adilson. Os trabalhadores ainda terão que arcar com os honorários do advogado do deputado Francisco Gualberto. “Eu estava defendendo a categoria”, diz Adilson.

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