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Só este ano, Sergipe já contabiliza mais de 15 mil desempregados

Laércio: lamentando a crise econômica

O mercado de trabalho formal em Sergipe ainda está sendo marcado por retração no número de vagas. O saldo entre admissões e demissões continuou mantendo sua trajetória negativa, com -396 demissões, marcando o sétimo mês seguido de queda no volume de emprego no estado.

Apesar da queda, setembro ainda foi o melhor mês deste ano para o mercado de trabalho, considerando que o setor de comércio promoveu a contratação de 338 novos trabalhadores, o setor de agropecuária contratou mais 323 profissionais, e a indústria realizou 105 contratações. Já a construção civil demitiu -641 pessoas, junto com a atividade de serviços, que fechou o mês com -483 postos de trabalho. Ao longo do ano, o estado perdeu -15.002 vagas no mercado de trabalho.

O mês de setembro de 2016 foi o primeiro em sete anos que registrou queda no volume de emprego. No mesmo mês do ano passado, mesmo com a economia em processo de retração, haviam sido gerados 1.675 empregos. Mesmo com o quadro de desemprego agravado, o Estado continua sem política pública de qualificação da mão obra desocupada, nem tão pouco apresenta uma sinalização para o setor privado no sentido de se pensar alternativas para a economia.

O desemprego também continua com trajetória descendente nos municípios com mais de 30 mil habitantes. Em setembro esse conjunto de municípios aumentaram seu contingente de desempregados, foram 9.444 postos de trabalho fechados. O município de Aracaju lidera o desemprego entre esses municípios, são 4.977 desempregados no ano, seguido pelos municípios de Capela (-1.598) e Nossa Senhora do Socorro (-1.570).

O presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira, ponderou a respeito da situação, lembrando que a economia ainda está sob forte recessão, com alto índice de desemprego. Oliveira destaca que a retomada do crescimento econômico vai demorar.

“Apesar dos sinais de retomada de contratação de trabalho em algumas atividades produtivas, a retomada da economia em bases sustentadas ainda vai demorar. A economia ainda está deprimida e setores importantes da economia sergipana ainda estão com a produção retraída. Seria importante sinais do setor público indicando que algumas medidas positivas estariam sendo tomadas, como políticas de qualificação profissional, de estímulo ao setor produtivo, como por exemplo, política de regularização de dívidas de contribuintes (abatimento de juros e multas). Em momentos de economia em recessão, o Estado é o indutor e sinalizador de medidas que estimulem o setor produtivo e toda a sociedade. O sinal amarelo continua aceso para o setor produtivo”, comentou Laércio.

Por Márcio Rocha

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