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Sindijor reforça necessidade da imparcialidade dos jornalistas nas eleições

Por Joedson Telles

“O jornalista deve pautar sempre pela ética, imparcialidade, responsabilidade e, sobre tudo, amparado na verdade dos fatos. Mesmo Sergipe tendo um bom Jornalismo, não deixando nada a desejar aos demais estados da federação, com suas exceções, evidentemente, temos observado que neste período eleitoral não tem sido muito difícil encontrar um colega ou veículo de imprensa extrapolando os limites de nossa profissão (quem foi que disse que liberdade de imprensa não tem limites?), muitas vezes ‘embriagado’ pela paixão política, o que acaba colocando, equivocadamente, a política em primeiro lugar, quando este posto deve ser sempre do bom jornalismo, independente da época”. O alerta parte do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Sergipe (Sindijor), o jornalista Paulo Souza, preocupado com a cobertura jornalística nestas eleições.

O presidente explica que a orientação do Sindijor é o profissional evitar direcionar seu trabalho para político ‘A’ ou político ‘B’. É levar a notícia à sociedade pautando-se na verdade factual. “Como tem que ser, sempre, mas sem partidarismo, evitando com isso influenciar o ouvinte-telespectador-leitor a tomar uma decisão, que deve ser livre, espontânea. Deixe que o próprio eleitor tire suas conclusões. Que o jornalista tenha seu candidato, e deve ter mesmo, afinal de contas, é um cidadão como qualquer outro, que faça, inclusive, a campanha do seu candidato, mas que não permita que usem a nossa profissão para favorecer ou denegrir a imagem de candidato A ou B. O bom jornalista impõe respeito e se respeita. Não permite interferência política em nossa profissão”, diz.

No tocante aos veículos de comunicação que têm sido tendenciosos nestas eleições favorecendo algum candidato, o Sindijor lamenta, sobretudo, quando a tendência parte de algum rádio ou TV, já que são veículos que chegam ao eleitor mediante concessões públicas. “A lei proíbe tal postura. É importante que o Ministério Público Federal, a quem compete a denúncia, ficar mais atento e cobrar da Justiça a aplicabilidade da lei para essas emissoras que, por ventura, estejam desrespeitando a legislação. Aliás, o MPF precisa muito agir sobre as comunicações. Tem sido muito atuante nas áreas da saúde e educação, mas na área da comunicação tem deixado muito a desejar, pelo menos em Sergipe. E o Sindijor está à disposição do MPF para ajudá-lo no que for preciso. Também cabe a população reprovar esse tipo de Jornalismo que não faz bem a sociedade e a democracia”, disse.

O presidente do Sindijor observou, por fim, que o mesmo cuidado deve ter os jornais e as revistas. Segundo ele, por não necessitarem de concessão pública, estes veículos têm mais liberdade que as emissoras de rádio. “E até mesmo que os veículos da Internet, que mesmo não necessitando de concessão precisam respeitar a Lei do Marco Regulatório da Internet, mas entendemos que isso não é motivo para apelações políticas e, muito menos, partidarismo. O melhor é que todos façam Jornalismo e menos partidarismo. Investiguem, denunciem, noticiem, mas sempre pautado na ética, na responsabilidade jornalística, na verdade dos fatos. Nunca devemos fazer Jornalismo na base do ouvi dizer, do ouvi falar. Jornalismo é coisa séria e deve ser feito sempre com o máximo de responsabilidade social”, finalizou.

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