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Silvio tenta apagar o fogo petista. Mas sozinho?

Silvio: aliado fiel do saudoso Déda

Por Joedson Telles

O ex-presidente do PT, Silvio Santos, parece disposto a assumir o papel de bombeiro dentro do partido. As chamas da polêmica em torno da filiação (não filiação?) da ex-primeira dama, Eliane Aquino, parecem fortes demais para serem apagadas por qualquer um. Silvio, que sempre foi fiel aliado do saudoso Marcelo Déda, usa desta experiência para tentar evitar que o fogo aumente, tome proporções incontroláveis e, sirva para a oposição fazer um churrasco para comemorar a crise petista. Mas sozinho?

“Tenho pedido publicamente maturidade. Eu sei que houve um embate quando aconteceu o PED, desse ano de 2013. Deixa sequelas, mas temos que ter maturidade e experiência para reunificar o partido. Rogério sabe, e todas que fazem parte da força que o companheiro lidera, e as outras forças que ele lidera hoje sabem que eu sou um entusiasta da nossa unidade, muito mais depois de um embate como esse na hora de juntar os cacos e diante do desafio que nós temos em 2014, seja na disputa da eleição nacional, seja no processo local”, disse Silvio Santos.

O ex-presidente também se defende da acusação de uma suposta fraude de filiação durante sua gestão. “Ter meu nome ligado a um processo de fraude é uma coisa que me incomoda porque todo mundo sabe do meu comportamento, do meu compromisso ético não só com o PT, mas com a política. Eu não estou aqui para fazer esse tipo de validação, mas também me incomodo quando meu nome é citado num processo desse.  E foi citado assim: houve uma fraude, que foi comandada em um determinado momento no partido pelo secretário de organização e pelos presidentes Sílvio Santos e Uziel Rios. Eu quero dizer que nunca participei de nenhuma , muito menos dessa”, defendeu-se. O atual presidente, Rogério Carvalho, tratou de semear ventos…

… Esta noite, o PT, ou pelo menos parte dele, tenta reunir a militância no Iate Clube para, entre outras coisas, ratificar presença no palanque do governador Jackson Barreto, nas eleições deste ano. Reforçará também a condição de apontar um nome para disputar o Senado Federal – hoje entre o deputado Rogério Carvalho e a viúva Eliane Aquino. Todavia, caso não consiga a unidade necessária, a legenda entrará na disputa fragilizada. Sem uma liderança forte – a altura de Marcelo Déda – e ainda fragmentado, o PT pode decepcionar antes mesmo de as urnas serem abertas. Aqueles petistas que não querem pagar a conta salgada de ter contribuído para afundar o partido, precisam mostrar o contrário com ações. Assim como Silvio Santos está a fazer neste momento. Pra ontem, aliás. O tempo não costuma perdoar.

 

Modificado em 24/02/2014 19:28