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Secretário de João Aves acusa radialista de servir de instrumento para interesses políticos

“Ele está chateado porque coloquei um repórter no 17 de Março para ver os problemas”, defende-se George Magalhães

Batalha: na bronca

Por Joedson Telles

“É lamentável. Para quem tem quilômetros rodados no mundo jornalístico, a gente vê como as pessoas se deixam servir de instrumento para interesses políticos. Alguém pode estar questionando que Batalha defende João, mas eu sou secretário de Comunicação da Prefeitura de Aracaju. No exercício da minha função de apresentador (TV) Deus me deu a capacidade de desencarnar. Se você pegar os espelhos do meu programa vai ver que tenho um número muito maior de outras tendências políticas do que de João Alves. Ali é meu papel de apresentador”, desabafou o jornalista Carlos Batalha, ao comentar, na Ilha FM, a denúncia do ex-deputado federal João Fontes, que acusa o radialista George Magalhães, 103 FM, de censurá-lo, por não aceitar conceder entrevista e falar apenas no aumento do IPTU por parte da Prefeitura de Aracaju.

Batalha observou que única coisa que tem para deixar para sua família é o seu nome. “Alguém pode dizer que eu sou um ferrenho defensor de João Alves. Sou com muito orgulho porque eu visto a camisa. Conversei com João Fontes e ele me confirmou a essa exigência que foi feita a ele para que criticasse a administração João Alves. Ele postou ‘eu coloquei para ele (o radialista George Magalhães), que não falaria somente de IPTU, sem falar de outros aumentos como energia e combustível. Hoje fica claro que só fala no programa de George quem critica João Alves’. Com todo respeito que me merece João Fontes, um político que hoje faz falta na Câmara Federal, eu quero até pensar que foi um sonho, um delírio de João Fontes”, disse Batalha.

Segundo ele, é abominável um radialista ser capaz de comandar um programa de rádio de três horas e, de forma deliberada, dizer que o espaço só será aberto se for para “meter o pau” em João, Eduardo Amorim, ou Jackson Barreto. “Nós estaremos emitindo uma nota pedindo esclarecimentos e apuração ao Sindicato dos Radialistas, à Associação Sergipana dos Profissionais de Radiodifusão, porque não queremos acreditar nisso. Mesmo porque, George é uma pessoa que sempre me relacionei bem, e ele faz parte de uma emissora que pertence um grupo respeitado em nosso estado. Eu acredito que a direção da emissora não compactue com certos procedimentos. Eu estou perplexo, recebi telefonemas, mensagens até de pessoas fora de Aracaju porque João Fontes postou no facebook, no whatsapp”, lamentou.

George Magalhães

George: “Batalha não gostou”

O radialista George Magalhães, por sua vez, defendeu-se argumentando que o jornalista Carlos Batalha estaria contrariado porque a Prefeitura de Aracaju vem sendo alvo de denúncias de moradores do Bairro 17 de Março. “Ele está chateado porque coloquei um repórter no 17 de Março para ver os problemas”, defende-se George Magalhães. “O motivo de tudo isso é porque no 17 de Março tem rachadura nos prédios provocada por um canal que não foi feito lá e a Prefeitura não toma providências. Em função disso, mandei um repórter lá e Batalha não gostou. É para fechar os lhos para estas coisas?”

 

 

 

Nota da Prefeitura de Aracaju

Foi com surpresa e indignação que a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) tomou conhecimento de denúncia feita pelo ex-deputado João Fontes, através de redes sociais, de que ao ser convidado para conceder entrevista ao programa ‘A Hora da Verdade’, apresentado pelo radialista George Magalhães, na 103 FM, teria que criticar a cobrança do IPTU e a atual administração municipal.

O ex-deputado afirmou em uma das postagens que “hoje fica claro que só fala no programa de George Magalhães quem critica somente João Alves”. Esse fato faz com que a PMA solicite do Sindicato dos Jornalistas e do Sindicato dos Radialistas e Sindicato das Empresas de Comunicação em Sergipe (Sinertej) que sejam tomadas as providências no sentido de apurar denúncias, visto que ao se confirmar tal comportamento, o radialista estará indo de encontro à ética que o bom jornalismo deve ter como norma.

Ressalta, ainda, a PMA, que o fato torna-se ainda mais grave por ser a emissora 103 FM uma empresa pertencente a um grupo de muita respeitabilidade no Estado de Sergipe e além-fronteiras, atuando sempre com muita responsabilidade, seriedade e correção.

Modificado em 11/02/2015 21:09

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