“Se um juiz encontrar provas contundentes não pode prender Lula?”, indaga Georgeo Passos

Ao comentar, na Tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira 7, a condução coercitiva de Lula pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos na 24ª fase da Operação Lava a Jato, que investiga desmandos na Petrobras, o deputado estadual Georgeo Passos (PTC) tentou provar que investigar Lula é uma necessidade diante dos indícios e da delação premiada do senador Delcídio Amaral (PT), e não um ato político orquestrado contra Lula, visando o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), como tenta passar o Partido dos Trabalhadores. O deputado apresentou dados e tentou convencer quem assistiu ao seu pronunciamento que o PT quer colocar Lula acima das leis, mas ele precisa ser investigado, sim.

“O Brasil teria se acabado se o juiz (Sérgio) Moro entendesse que os requisitos para uma prisão temporária estivessem presentes na sexta. Estaríamos hoje em uma guerra civil. Nós temos sim que colocar o trem nos trilhos. Nós temos que serenar. O confronto, se vier, terá reação. E ai, podemos ter um conflito entre brasileiros, que vão defender o que acreditam. E eu não acho que é isso que as pessoas que estão na frente do PT queiram”, disse o deputado. “Se tivesse algum equívoco, as decisões seriam revistas no Superior Tribunal de Justiça ou no Tribunal Regional Federal da região, por exemplo – o que não está acontecendo. Vale lembrar que nos últimos anos, quem nomeou a maioria dos ministros do STJ e do STF foi o Governo do PT. Logo, se houvesse perseguição, já teriam mudado as decisões de primeiro grau do Juiz Moro”, afirmou.

Georgeo apontou ainda que existe uma tentativa de desmoralizar o Ministério Público Federal e também o Poder Judiciário. “Quer dizer, que se um juiz encontrar provas contundentes não pode prender Lula? Pois pode haver confronto, conforme já foi anunciado por alguns. As pessoas vão, sim, defender o seu líder. Mas dizer que se tirar Dilma é golpe, que se prender Lula é golpe, não é uma verdade. Até agora, estão sendo seguidas as regras do jogo. Há indícios que podem estar ocorrendo lavagem de dinheiro. Por isso, as investigações têm que continuar, independentemente de pessoas. Se vai ser condenado, isso só será definido mais a frente, ao final do processo”, explicou.

Do Universo, com informações da assessoria do parlamentar