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Se André Moura comandar o PMDB, projeto Zezinho Sobral termina antes de começar

André: fiel ao PMDB Nacional

Por Joedson Telles

Evidentemente, a política ainda é feita também do condicionante “se” e aquela velha história de mudar assim como as nuvens ainda é moeda vigente. Ou como virou moda, a frase “pode acontecer tudo inclusive nada” socorre em momentos vacilantes. Todavia, o governador Jackson Barreto precisa urgentemente de um plano ‘B’ para os próximos dias, após a provável decisão do Senado Federal em mandar Dilma Rousseff juntar-se aos desempregados engendrados em seu governo à custa de equívocos que, ironicamente, hoje, ajudam a fechar a cova.

Sempre esteve inequívoco que a aproximação e, sobretudo, os serviços prestados pelo deputado federal sergipano André Moura (PSC) aos caciques do PMDB Nacional, Michel Temer e Eduardo Cunha, serão retribuídos com gentilezas presumidas. É praxe no mundo político. Como ventilado nos bastidores e perpassado à imprensa, posteriormente, tomar o PMDB de Jackson Barreto e amigos e presentear André Moura com a batuta da legenda em solo sergipano soa informação óbvia, caso Dilma confirme expectativas e assim queira André.

Se André Moura não tiver misericórdia do adversário em fim de carreira e rejeitar a legenda, não bastasse o constrangimento de ser expulso da própria casa e ver um inimigo político adentrá-la e deitar no sofá com controle remoto à mão, Jackson Barreto ainda terá um prejuízo eleitoral irrecuperável: Zezinho Sobral estará sem partido para tentar ser prefeito de Aracaju. Adeus pré-candidatura.

A prática pode destoar da teoria, é evidente. Está-se falando de política. Contudo, o fato de ficar com Dilma Rousseff, mesmo sendo filiado ao PMDB do maior beneficiário com o impeachment, Michel Temer, faz de Jackson uma figura não confiável aos olhos do provável futuro presidente. Em sentando na cadeira de presidente, Temer, se for um político vingativo, retira o PMDB na hora das mãos de Jackson e, acertando dois alvos com apenas um tiro, coloca André Moura no comando. Detalhe: não surpreenderá se munido do projeto de ser candidato a governador de Sergipe pela legenda, em 2018. Seria o palanque perfeito para a campanha de reeleição nacional do PMDB em Sergipe.

Note, caro internauta: as peças se encaixam naturalmente. Jackson não acompanhou o PMDB, quando este abandona o barco da Dilma. Avocou a fama de “traidor” do partido na ótica de várias pessoas. Por sua vez, André, mesmo em outra legenda, passa na prova dos nove no momento em que Temer e Cunha mais precisam de apoio. Foi para a linha de frente quando muitos não tiveram coragem para não se indispor com Dilma – antes de o impeachment ser votado, inclusive. Logo, “punir” Jackson e presentear André soa aquele lugar comum que fala em “juntar a fome com a vontade de comer”. Mesmo sem filiação, André demonstrou ser bem mais partidário. Só não assume o PMDB de Sergipe, como disse, por misericórdia.

P.S. Como governador de um Estado, ainda que, como disse o deputado Robson Viana, o pior governador da história de Sergipe, Jackson não deve ter dificuldade para migrar para o PT, o PSD ou mesmo retornar ao PDT, entre outras legendas. O problema mesmo é o prazo de filiação para Zezinho Sobral o representar nas eleições municipais de Aracaju. E o ego, que não deixa de ser levado em conta nestes momentos.

Modificado em 19/04/2016 06:37

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