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Quando a pesquisa já nasce sem credibilidade. Aos olhos dos inteligentes, óbvio

João: sem ser pre-candidato é jogado ao eleitor

Por Joedson Telles

Num momento em que nem mesmo os próprios políticos sabem com certeza quem serão os candidatos ao Governo do Estado, apesar das pré-candidaturas postas, e inúmeras especulações, eis que a festa de pesquisas em Sergipe é iniciada timidamente, mas com o descaramento de praxe a subestimar inteligências.

De forma seca: o eleitor inteligente não leva a sério uma pesquisa feita num momento em que não há, e nem poderia haver de forma legal, uma só candidatura registrada. Quando não é permitido a ninguém sair por aí pedindo voto – e muito menos colocar a cara na TV para tentar persuadir, ponto crucial para definir qualquer eleição.

Pesquisa, neste momento, além de render “alguns trocados” para terceiros, serve apenas para alimentar a velha prática política de tentar induzir o eleitor desprovido de astúcia a definir seu voto precocemente pelo candidato que está a liderar uma campanha virtual. Pesquisa fora de época não merece credibilidade.

No Brasil, lastimavelmente, ainda tem uma grande faixa do eleitorado que vota não no melhor candidato para o cargo em questão. Não no melhor projeto coletivo. Mas em quem tende a ser o vitorioso – ainda que seja individualmente. É como se política fosse como o futebol, e o importante fosse comemorar a vitória ao apito final. Frutos amargos de um país embrutecido.

É evidente que, na prática, a próxima campanha começa quando uma eleição é encerrada. Ás vezes se misturam, como assistimos em Sergipe em 2012. Todavia, no momento, oficialmente, não se tem candidato e tampouco campanha. Quem disser o contrário deve explicações à Justiça Eleitoral. Quando a campanha começa para valer é permitido o uso de mecanismos que, na prática, já ficou comprovado que decidem uma eleição. E, quase sempre, desmoralizam pesquisas açodadas totalmente fora de época.

P.S. É um equívoco culpar os meios de comunicações pela divulgação de pesquisas mesmo sem credibilidade. O ofício é informar. Não censurar. Cabe ao público o discernimento.

Modificado em 02/04/2014 11:47