Por Joedson Telles
Esta semana, a Comissão do Esporte da Câmara Federal aprovou um Projeto de Lei de autoria do deputado federal Valadares Filho (PSB) que dispõe sobre a aplicação regional de patrocínios ou doações a projetos esportivos e paradesportivos. Uma excelente jogada. Pela Lei 11.438/2006, terá benefícios fiscais quem investir no esporte.
“O nosso propósito é fazer com que essa lei seja realmente efetiva para incentivar o esporte. Não apenas para os clubes ou atletas já conceituados atuantes nas regiões Sudeste e Sul, mas também para os que ainda não ganharam notoriedade, e que estão sediados ou que residem em outras regiões do País”, explicou Valadares Filho, que tenta, visivelmente, derrubar um preconceito.
“Em 2007, a região Sudeste recebeu 92% dos valores captados, o Rio de Janeiro representa um sucesso de captação da ordem de 89%. Já São Paulo, recebeu a aprovação de um índice de 92%”, justificou sem precisar valer-se dos números tímidos do Nordeste, por exemplo.
O Projeto de Lei do deputado Valadares Filho já seria justificado como algo benéfico, positivo para o conjunto do país apenas lembrando, simplesmente, que, além de proporcionar lazer e saúde, o esporte ainda movimenta a economia de várias formas. Mas quando se leva em conta o importante papel social que o esporte tem desempenhado na vida de vários atletas e familiares no mundo inteiro chega-se ao ponto mais alto da ideia – principalmente quando se foca regiões mais pobres do Brasil, onde muitos jovens estão viciados em droga .
Evidente que como quase tudo no Brasil que envolve dinheiro é preciso um olho no gato e outro no peixe para a prática não frustrar a teoria. Afinal estamos no país do futebol onde dirigente da CBF tem cadeia como hotel. Mas a fiscalização, o acompanhamento deixemos para a segunda etapa. Agora é o momento de torcer para que a matéria tenha êxito também no Plenário daquela Casa para, assim, comemorarmos o golaço.
Modificado em 17/12/2015 16:41