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Possibilidade de ficar sem mandato não tira o sono de Gualberto

Gualberto: tranquilo

Por Joedson Telles

Líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) assegura que não perdeu sequer um minuto de sono por conta da possibilidade de ficar sem mandato, a partir de janeiro de 2015, caso o deputado estadual eleito Manoel Sukita (sem partido) seja mesmo empossado. Gualberto obteve 25.405 votos, ficando à frente de seis deputados eleitos que tomarão posse. Entretanto, por força da legislação eleitoral, pode ficar de fora. O parlamentar explicou que um mandato na sua ótica é uma tarefa dada pela sociedade para que o político devolva com trabalho. Nos bastidores, comenta-se que o governador Jackson Barreto (PMDB) convidará um deputado da base para ser secretário de Estado, possibilitando, assim, que Gualberto permaneça deputado, ainda que Sukita confirme sua vitória no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Eu não me elegi vereador e três vezes deputado para praticar corrupção, para tirar vantagem pessoal. Para mim é uma tarefa ser parlamentar. Por isso que quando a gente faz política com convicção o cabelo fica branco mais cedo, a barba fica branca mais cedo, aparece umas rugas, às vezes gastrite. Quando a gente leva as coisas a sério o organismo responde o stress que isso produz, e ficar sem o mandato é uma questão de naturalidade. Eu nem nasci deputado e nem quero morrer deputado. Isso não é profissão. É uma tarefa que se cumpre até determinado momento”, observou.

Gualberto lembrou que apesar das especulações, neste exato momento está anunciado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) como deputado eleito. “Essa é a posição atual e é essa que eu estou vivendo. Se mais tarde tiver outra a gente fala sobre ela, mas nesse momento eu não tenho nem o que falar. Eu tive 25.405 votos na minha coligação. O TRE disse que eu fui eleito. O restante que tiver que acontecer posterior é posterior, como diz o tabaréu cada dia com sua agonia”, disse.

De acordo com o deputado do PT, graças a Deus, se tiver mesmo que deixar a Assembleia Legislativa não levará na bagagem cargas negativas, como, por exemplo, negociar o mandato. “Nunca um empresário colocou dinheiro numa campanha minha, seja ele micro, médio, grande ou grandão. Nunca fui envolvido em processo de corrupção. Nunca fui desleal com ninguém, a menos que não tenha percebido. Posso ter errado por excesso, por um momento de infelicidade”, disse.

Gualberto listou ainda que “nunca fiz fogo amigo dentro do meu partido para me promover, sempre tive o mesmo lado e me comportei da mesma forma, assumi todos os desgastes que a tarefa que cumpri na Casa exigia que eu assumisse. Nunca corri duma parada em momentos muitos difíceis. Eu sou o tipo da pessoa que posso ficar em casa e passar os DVDs todos e ficar assistindo com prazer o que fiz no passado na política, desde 1976 no combate a ditadura militar até os dias de hoje. Se alguém que pode ocupar algum posto na Casa mais vai ter problemas com sua própria consciência, ou não tem consciência por uma questão de caráter, isso não me interessa”.

Modificado em 28/10/2014 18:20

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