O objetivo principal da ação, segundo Edvaldo, é garantir às estudantes matriculadas nas escolas municipais o acesso ao absorvente, item indispensável no período menstrual, oportunizando às meninas frequentar as aulas durante o ciclo menstrual. “Queremos que elas tenham um direito imprescindível, que é a dignidade. É muito triste que uma estudante tenha que deixar de ir à escola por não ter condições de comprar absorvente e, infelizmente, esta é uma realidade em nosso país. Por isso, realizaremos um projeto em conjunto com o Ministério Público de Sergipe para combater a pobreza menstrual nas escolas do nosso município. Tivemos essa primeira reunião, montamos um grupo de discussões e avançaremos nos próximos dias”, destacou o prefeito.
Edvaldo ressaltou, ainda, que o projeto também contemplará ações educativas nas áreas da Saúde, Educação e Assistência Social. “O ciclo menstrual deveria ser compreendido por todos como um processo fisiológico natural. No entanto, por diversos fatores, a exemplo da falta de conhecimento, é encarado, por muitas pessoas, como um problema, um tabu. E são questões que precisam ser debatidas, que precisam ser enfrentadas, como estamos fazendo ao traçar essas estratégias”, salientou.
A promotora de Justiça Gicele Mara Cavalcante d’Avila Fontes enfatizou que “a preocupação é com a pobreza menstrual, com a evasão escolar ou suspensão da frequência quando as meninas estão menstruadas por não terem um item básico, que é o absorvente”. “Então, a ideia é fornecer os absorventes para as adolescentes de baixa renda, a partir de critérios estabelecidos, para que elas não abandonem a escola. A Educação fará um levantamento das meninas que estão nesta faixa etária e vamos sentar com a Saúde, Assistência Social para discutir o projeto, que já está pronto, porque o prefeito já tinha em seu Plano de Governo atender esse pleito, e alinhar os pontos”, frisou.
A secretária Municipal da Educação, Cecília Leite, completou que o projeto “abrange muito mais que a dimensão material”. “Ele atinge a dimensão subjetiva dessa educanda, com uma base psicológica. É um projeto de assistência às estudantes que necessitam desse apoio para continuar frequentando a escola no período menstrual e não sofram bullying, não sejam discriminadas. Com isso, também garantiremos uma melhoria na aprendizagem porque elas continuarão firmes, sem evadir”, afirmou a secretária.
Foto: Ana Lícia Menezes/PMA
Modificado em 27/07/2021 18:40