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PL não obriga jornalista a pagar meia entrada. Pagará quem quiser, diz Emília

Surpresa com críticas, inclusive que partiram de jornalistas, a vereadora Emília Corrêa (PEN) explicou que o Projeto de Lei 12/2017, que objetiva assegurar a meia entrada aos profissionais da área de comunicação social em estabelecimentos e eventos culturais, esportivos, lazer e entretenimento no município de Aracaju é, na verdade, uma resposta a um pleito dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas. Emília lembra também que o PL, em sendo aprovado, não obrigará ninguém a pagar meia entrada. “Pagará quem quiser. Se for um jornalista ou radialista estabilizado economicamente não precisará se utilizar da meia entrada”, disse Emília.

A vereadora lamentou, contudo, a forma grosseira como algumas críticas foram feitas em sua direção.“Eu vejo jornalistas que pensam diferente de mim com uma linguagem chula em relação ao projeto. Discutam o projeto, falem de normas jurídicas ou constitucional ou até injustiça, mas não venham desqualificar a autora porque, na verdade, estão desqualificando a categoria que pediu ao autor. Se a gente for analisar direitos, igualdade e princípios, nem deveria ter meia entrada. Mas a gente vive num país utópico. Chamou-me a atenção quando as categorias me procuraram porque há uma desigualdade muito grande”, observou.

A parlamentar observa que algumas destas críticas vão no sentido de afirmar que, se o jornalista tem direito a meia entrada, é preciso assegurar o mesmo benefício aos pedreiros, domésticas, médicos, economistas… “Mas é uma justificativa desconectada. Os jornalistas e radialistas ajudam a promover os eventos culturais e, hoje, vivem uma indignidade vencimental e não conseguem ir”, disse Emília.

A parlamentar observou ainda que quando se mexe com interesses dos outros e, principalmente, quando estão na linha econômica isso aí vem que vem que nem um trator. “Mas sou a assinatura do que as categorias me pediram. Autor de projeto é trazer o que a categoria quer que traga. Eu não tenho nenhum tipo de vaidade”, disse Emília.

Segundo a vereadora, o PL abrange radialistas e jornalistas sindicalizados, respeitando os 40% da Lei Federal. “Não é 100% dos ingressos. É a meia entrada com limite dos 40%. Eu não estou contra os produtores e empresários, mas eu noto que levantam guerra quando o assunto não agrada e não pode ser assim. Vivemos num estado democrático de direito e temos que respeitar a maneira do outro pensar”, disse.

O PL foi colocado em pauta para primeira votação no plenário da Câmara de Aracaju, esta semana, mas acabou retirado porque o quórum se retirou por conta de outro PL que tramita na Casa. “Mas voltará à pauta próxima semana. Aqui basta se discutir as ideias e não precisa ninguém diminuir ninguém. O jornalista, radialista e o profissional ético têm que ter cuidado com sua linguagem”, disse.

Por Joedson Telles

Modificado em 06/10/2017 09:45

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