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Parlamentar afirma que jovem foi executado pela polícia e principal motivo foi o preconceito contra pobres e negros

Ana Lúcia: entendendo que houve execução

Por Joedson Telles

“Assistimos naquele dia, 12 de março, à execução de um jovem de 17 anos. Um jovem que trabalhava com sua mãe na loja. Um dos depoimentos marcantes da mãe dele foi dizer que a arma que ele tinha naquele dia era a chave da loja. Eu quero dizer a todos que estamos negociando a vinda da presidente do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente porque precisamos saber quais os direitos da criança e do adolescente desse país, porque vivemos numa sociedade onde o policial se sente no direito de executar um adolescente atirando na cabeça”, disse a deputada estadual Ana Lúcia (PT), nesta segunda-feira 24, na tribuna da Assembleia Legislativa, em alusão à morte do jovem Davi Mota dos Santos, 17 anos, que foi morto por um policial com um tiro na cabeça, sendo acusado de sacar uma arma na abordagem.

Ana Lúcia afirmou que o principal motivo da morte de Davi foi o preconceito contra as crianças, principalmente, pobres, negras e as que moram nas periferias urbanas dos grandes centros. Ela lamentou o fato de o policial acusado de apertar o gatilho tirando a vida do jovem permanecer trabalhando exatamente na polícia ostensiva. “É essa resposta que estamos dando à sociedade? É esse o papel do policial? Não é. Nós precisamos discutir segurança pública, a formação dos policiais, principalmente da polícia ostensiva que não pode fazer esse tipo de abordagem. A comunicação através das redes sociais reeduca a sociedade e as políticas públicas têm que acompanhar isso e não fortalecer os rótulos, os estigmas e a repressão porque isso não ajuda a humanidade”.

Modificado em 25/03/2014 06:43