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O que Edvaldo chama de preconceito, o grupo parece continuar chamando densidade eleitoral

Déda: fazendo falta

Por Joedson Telles

O ex-prefeito Edvaldo Nogueira enxerga como preconceito a resistência do PT (do grupo?) ao seu nome para disputar o Senado Federal em outubro próximo. Edvaldo joga em rosto que sempre foi leal ao grupo e, com suas palavras, ajuíza que não haveria motivos para ser miseravelmente descartado.

O ex-prefeito não deixa de ter razão. Com as ausências de líderes como o governador Marcelo Déda, o ex-senador José Eduardo Dutra, do senador Antônio Carlos Valadares, que já é senador, e do próprio Jackson Barreto, que é pré-candidato ao governo do Estado, o grupo passa a ser o que chamam de “caminhão de Japonês”. Todos estão em pé de igualdade.

É lógico que numa disputa majoritária vale bolso e densidade eleitoral, mas se não enxergam em Edvaldo Nogueira um bom nome dentro do atual plantel, quem seria?

Fala-se apenas numa pré-candidatura petista da ex-primeira dama, Eliane Aquino. Nada contra. Aliás, o que ela fez por Déda dispensa comentários sobre seu caráter. Entretanto, na hora de o eleitor ir às urnas, a coisa é diferente. Bem diferente. E somente uma pesquisa lá na frente pode revelar  se Eliane tem poder de fogo para disputar o Senado ou se tudo não passa de um “balão de ensaio” à custa do emocional por conta da lamentável morte de Déda.

Voltando ao ex-prefeito, se agora está difícil emplacar “Edvaldo 2014”, imagine se essa história de acordo com João Alves vingar? Se o senador Antônio Carlos Valadares, cujo partido sempre esteve na majoritária, está tendo suas dificuldades e pode deixar o grupo, imagine o PC do B?

Na verdade, o grupo, nitidamente, sente a orfandade com a morte do seu grande líder Marcelo Déda, que com uma twitada colocaria o trem de volta nos trilhos. Sem sua principal cabeça, o agrupamento do chamado “Projeto das Mudanças” tenta se achar contra o relógio. Sabe que terá uma eleição dificílima pela frente, e precisa escalar o melhor time para o desafio. Em suma: o que Edvaldo chama de preconceito, o grupo parece continuar chamando densidade eleitoral.

P.S. Via de regra, político pensa em 10 coisas: as nove primeiras: votos. A décima, também.