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O Iphan em Sergipe: Desafios, parcerias e ações de salvaguarda mesmo durante a pandemia

Preservar o patrimônio histórico e cultural de uma sociedade abrange uma dimensão que vai além de salvaguardar a arquitetura, monumentos e tradições. Trata-se de manter viva a história de um povo, retratada por meio dos bens materiais, imateriais, arqueológicos e mundiais. Todos considerados pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional (Iphan), como bens culturais, cuja importância é preponderante na construção da identidade dos indivíduos, a qual é mantida através da memória.

O estado de Sergipe, por exemplo, mesmo sendo o menor do Brasil em extensão territorial, tem sido referência quando o assunto é preservar os rastros da história. De acordo com o superintendente do Iphan, Diego Passos, o estado possui aproximadamente 300 sítios arqueológicos registrados, o que demanda um esforço integral do órgão para preservar tais áreas, evitando impactos negativos ou a destruição desse patrimônio de imensurável relevância histórica.

Dos bens materiais presentes no estado, vale destacar 24 bens individuais tombados, 1 bem móvel, bens materiais tombados, como as cidades de Laranjeiras e São Cristóvão, que possui como principal cartão de visita a praça São Francisco, declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco há 11 anos. Além de 3 bens valorados, que correspondem ao patrimônio ferroviário em Aracaju, Boquim e Propriá, cuja responsabilidade do Iphan é identificar na extinta malha ferroviária os bens de importância histórica, para que sejam realizadas as ações que garantam a preservação.

Ainda de acordo com o superintendente do Iphan, despertar em cada sergipano a sensação de pertencimento, tem sido combustível na busca por empresas que abracem as ações do Instituto e ajudem principalmente na divulgação do patrimônio sergipano. “Das principais conquistas em seis meses de gestão, e mesmo diante de uma pandemia, está a aproximação com o governo do estado e com alguns municípios-chave, além da parceria público-privada, fundamental para ganharmos força, principalmente na divulgação das nossas ações”, afirma.

Em consonância com a superintendência estadual do Iphan, Marcos Santana, prefeito de São Cristóvão, um dos principais municípios do estado pela historicidade e potencial turístico, afirma que “precisamos dessa parceria porque o Iphan é um órgão regulador, normatizador e fiscalizador da preservação do conjunto arquitetônico da cidade, nossa principal atração. É necessário cada vez mais estreitar essa relação com o órgão pois, agindo juntos, prefeitura e Iphan, temos a garantia da preservação do nosso produto, que atrai tantos turistas para a cidade”.

Mesmo diante de obstáculos inesperados, como a pandemia da Covid 19, o Iphan em Sergipe demonstrou a sua determinação através de um trabalho pautado na superação pois, em seis meses, conseguiu ampliar a rede de parceiros e vem mantendo firme os planos de ação de salvaguarda dos bens materiais e imateriais do estado. Para o mestre em RH, Vinícius Melo, amigo e ex-colega de trabalho de Diego Passos, as conquistas da atual gestão do Iphan se dão por conta de um somatório das experiências e habilidades do superintendente.

“Um entusiasta da fotografia de monumentos, profissional da área de construção civil, além de bem relacionado socialmente. Aliar tais experiências já vem agregando um olhar diferenciado para o patrimônio histórico e para a arte nacional, bem como a sua conservação. Graças ao empenho incansável do superintendente, junto à sua equipe, o Iphan vem realizando um trabalho favorável às necessidades de conservação do patrimônio do estado, sobretudo do setor turístico”, afirma Vinícius.

O turismo foi um dos setores comprometidos com a atual conjuntura, contudo, as ações correlatas continuam em foco, visto que, segundo Diego Passos, “ainda precisamos colocar o turismo sergipano no patamar que ele merece. Eu vejo o estado inteiro como uma promessa, temos um potencial incrível a ser explorado e que nos próximos anos estará em uma das maiores potências turísticas do Nordeste”, disse ele que busca, através das parcerias, caminhos para trocar experiências e dar celeridade às demandas que são imprescindíveis para a construção do futuro.

Modificado em 06/04/2021 16:11

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