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“Não há propostas concretas. Há festivais de besteiras”, diz Evaldo sobre a oposição

Por Luiz Sérgio Teles

O advogado Evaldo Campos defendeu o papel da oposição no Brasil, mas ressalvou que precisa ser feita de forma construtiva – algo que, segundo ele, não está acontecendo. “Não há propostas concretas. Há festivais de besteiras. Deve-se fazer com que o aparelho da cobrança da União, dos estados e municípios funcione. Entretanto, isso não significa que não precise reforma. O discurso infelizmente tem sido ideológico”, afirmou.

Evaldo avaliou positivamente a Reforma da Previdência aprovada na Câmara Federal. Para ele, não foi a ideal, mas foi extremamente necessária, pois dentro de 10 anos a perspectiva seria de servidores públicos, na ativa e aposentados, não receberem seus vencimentos, o que seria o caos.

“As posturas ideológicas que vimos nos debates não têm cabimento algum. Temos a ampliação do limite de vida de cada pessoa e uma redução de nascimentos. É preciso que haja equilíbrio entre quem contribui e quem recebe a contribuição. Essa Reforma da Previdência não será a única. Ela terá sempre que ser revista porque com os avanços científicos e tecnológicos o homem vai vivendo cada vez mais e a taxa de natalidade está caindo também”, analisou.

Sérgio Moro/Deltan Dellagnol

No tocante às conversas entre o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça, e o coordenador da Operação Lava Jato, o procurador Deltan Dellagnol, Evaldo Campos entende que não houve nenhuma gravidade no que foi dito. Porém, enxerga um extrema gravidade na violação de sigilo.

“Promotor e juiz vêm conversando no Brasil desde que eu entrei na faculdade de direito. Há uma afinidade muito grande. Isso não significa, necessariamente, que os processos devam ser anulados porque existe uma nulidade absoluta. Puro movimento político partidário. Puro compromisso ideológico. São bilhões e bilhões de reais que fora desviados do povo brasileiro. Então, devemos botar na rua os que foram condenados porque Sérgio Moro conversou com Dellagnol?”, indagou.

Ele ainda salientou ser preciso provar que a conversa foi exatamente para falsear o princípio da independência do magistrado. “Afinal de contas, temos 734 mil pessoas presas e todas elas, julgadas ou não, passaram pro processos onde essas conversas aconteceram e nunca a OAB se levantou contra, nunca os partidos políticos se levantaram contra. Para mim isso é mera politicagem. Eu não concebo democracia sem a plenitude dos direitos assegurados à oposição. Mas, oposição não é uma torcida que torce contra. Oposição é um grupamento que tem soluções próprias e que apresenta essas soluções em forma de proposituras”, disse.

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