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“Não dá para criar candidato do dia para noite. Candidato tem que ser quem tem densidade, e quem tem é Edvaldo Nogueira e Valadares Filho”, diz Fábio Mitidieri

Pelo juízo, possível candidato de Jackson, Zezinho Sobral seria descartado

Fábio: “inventar candidato é ajudar João Alves”

Por Joedson Telles   

Sem precisar citar nome, o deputado federal Fábio Mitidieri deixa evidente, nesta entrevista que concedeu ao Universo, que se a especulação em torno de o governador Jackson Barreto (PMDB) lançar a candidatura do seu secretário de Saúde, Zezinho Sobral, a prefeito de Aracaju, em 2016, se transformar num fato concreto não contará com o apoio do PSD. Fábio avalia que o provável candidato adversário, o prefeito João Alves (DEM), não pode ser subestimado, e, assim, o grupo do governador precisa estar unido em torno de pré-candidatos que tenham densidade eleitoral. “Não dá para criar candidato do dia para noite. Candidato tem que ser quem tem densidade, e quem tem é Edvaldo Nogueira e Valadares Filho. Eu fico muito à vontade em dizer isso porque não estou querendo criar candidato. Poderia lançar nomes no partido, mas acho que o melhor é compor, e o PSD tem uma tendência muito clara a andar por esse caminho”, disse Fábio Mitidieri. “O PSD vai tomar uma definição ainda esse ano. Qualquer outro nome fora esses dois no cenário atual é querer inventar candidato e não dá para inventar.” A entrevista:

Já é possível fazer um balanço do seu primeiro ano na Câmara Federal?

Balanço positivo. Eu tenho participado de 12 comissões, tenho mais de 20 Projetos de Lei apresentado na Casa, sempre na defesa do povo de Sergipe que foi aquilo que eu me propus a fazer. Espero com a experiência de vida ficar cada vez mais envolvido com o Poder Legislativo para que a gente trazer mais benefícios.

O senhor encontrou um clima nada bom em Brasília com essa crise do governo Dilma Rousseff…

Eu agradeço muito a Deus e ao povo por ter sido eleito deputado federal e num momento muito difícil, muito tenso da política brasileira, numa crise que é política, muito mais do que econômica, de credibilidade, de ética, de moral, e cabe a mim ter tranquilidade para que a gente atue, vote sem deixar com que certas emoções te levem para um lado ou para o outro. A gente sempre procura usar a razão antes de entrar nas decisões e não nesse clima de sangue que parte da imprensa está procurando, parte da classe política também e da sociedade, tem que ter serenidade, porque está em jogo o futuro do povo brasileiro, a imagem do nosso país lá fora. Por conta dessas coisas, o dólar já foi parar em mais de R$ 4,0. A gasolina não para de subir, a energia, o desemprego é crescente, isso tudo por uma instabilidade que é muito mais política no país. Tenho certeza que se houver a maturidade necessária a gente consegue sair dessa situação – e eu peço sempre a Deus que me dê essa serenidade pra que a gente não entre nessa oba-oba.

O que Aracaju pode esperar em 2016 do PSD?

O PSD tem o maior número de prefeitos no nosso estado, o maior número de vereadores, segunda maior bancada na Assembleia Legislativa, tem deputado federal, e pretendemos, em 2016, ampliar a bancada de prefeitos em todo o estado, reforçar o número de vereadores que nós temos, para mostrar que nosso agrupamento tem os melhores nomes para sociedade sergipana – e nos preparar para chegarmos em 2018 em condições de, ao lado dos partidos aliados, disputarmos uma chapa majoritária.

O PSD vai colocar um nome para a disputa de Aracaju ou a ideia é participar das eleições, mas não apresentar candidato?

A tendência é a gente compor. O PSD tem interesse de indicar um vice e isso é uma negociação que vai ser feita com os partidos aliados. O governo tem dois bons nomes, Edvaldo Nogueira e Valadares Filho, não vejo nenhum outro nome com densidade para vencer as eleições, e acredito que daí sairá nosso candidato.

Mas os dois devem ir para a disputa ou o grupo deve apresentar apenas um candidato?

Eu acho que todo partido tem direito de colocar seu nome para a sociedade. Eu acho muito difícil que Valadares Filho ou Edvaldo venha recuar nesse momento. Eu vejo o cenário com esses dois candidatos e João Alves. Vai ficar mais ou menos por aí, com três candidatos. Nosso agrupamento político tem muita maturidade para aceitar isso.  No passado, a gente buscava essa unidade como a tábua de salvação, e não é. Eu acho que a população já entendeu que temos nomes que não podem recuar. Edvaldo foi um grande prefeito de Aracaju, fez um excelente papel enquanto esteve à frente da PMA, e Valadares Filho é um jovem atuante que já tentou nas últimas eleições e foi muito bem, e, agora, deve entrar muito mais amadurecido, com o desgaste da gestão de João Alves, tentar buscar mais uma vez esse sonho dele e do agrupamento de ser prefeito de Aracaju. O PSD tem uma tendência muito clara a ficar com um desses nomes.

Prematuro escolher nome agora?

Nesse momento, sim. Até porque vamos discutir com o governador, ver as intenções dos outros partidos do agrupamento, mas a intenção do PSD é definir esse nome ainda esse ano, até porque queremos chamar nossa militância para fazer o trabalho agora. Eu não acredito em política de três meses. O PSD vai tomar uma definição ainda esse ano. Qualquer outro nome fora esses dois no cenário atual é querer inventar candidato e não dá pra inventar.

“Inventar” seria ajudar uma suposta candidatura de João Alves?

Seria. João é um político experiente, tem uma história muito grande no Brasil, e não dá para subestimar. Mas também sabemos que ele está desgastado, não cumpriu as promessas de campanha. A cidade está pior do que era. Retrocedeu. Se tivermos maturidade vamos conseguir a vitória nas próximas eleições. Por isso que eu digo que não dá para inventar candidato. A vitória é bem possível, desde que se entenda que certas coisas a gente precisa respeitar. Não dá para criar candidato do dia para noite. Candidato tem que ser quem tem densidade, e quem tem é Edvaldo Nogueira e Valadares Filho. Eu fico muito à vontade em dizer porque não estou querendo criar candidato, poderia lançar nomes no partido, mas acho que o melhor é compor, e o PSD tem uma tendência muito clara a andar por esse caminho.

O PSD já decidiu quem indicaria como vice?

Temos quadros no partido como o vereador Ivaldo José, o ex-deputado Jorge Araújo. Acho que tudo no seu momento. O PSD também não vai fazer da indicação do vice um cavalo de batalha. A gente indica o nome que acha que vai colaborar com a chapa, e se existir outro nome que possa colaborar mais, e tornar o projeto vitorioso, o PSD vai compreender. A gente só não pode deixar de aproveitar a oportunidade de vencer as próximas eleições e devolver Aracaju ao rumo certo. Às vezes, o poder desgasta e a esquerda já vinha à frente de Aracaju há muitos anos, e por isso mesmo a população tentou algo diferente. Mas na minha ótica de uma forma errada porque retrocedeu, e aprova está aí. Quando olhamos para Aracaju vemos uma cidade esburacada. As poucas coisas que inauguraram foram obras de Edvaldo, e as justificativas são muitas. O problema do lixo que a gente não tinha isso desde o tempo de Wellington Paixão. A gente espera recuperar esse tempo que foi perdido nessa gestão com a eleição de um desses nomes do nosso agrupamento.

Fábio Mitidieri seria um bom nome para o Senado, em 2018?

Meu nome está à disposição do partido. Já deixei isso muito claro, já estamos trabalhando isso no interior. Eu sou um dos pré-candidatos a majoritária ao Senado, falo isso com muita tranquilidade porque é um desejo de um agrupamento que é grande, que vem se fortalecendo a cada dia. Todo partido e agrupamento quanto mais forte e maior é mais quer avançar dentro do campo político, e é natural que a gente queira ocupar um espaço na chapa majoritária num momento de renovação da política sergipana, onde a gente já tem o governador dizendo que não quer participar mais das eleições, onde temos Albano Franco aposentado, perdemos o governador Marcelo Déda, um momento de transição da política sergipana, e nós que estamos chegando coma responsabilidade de suceder esses grandes homens públicos temos que oferecer nossos nomes à sociedade sem medo. Com coragem de enfrentar os desafios.

Seria uma alternativa para o eleitor que fala em renovação?

É muito fácil discursar que quer o novo, mas difícil é ir lá e votar no novo. Acho que essa é a grande chamada que temos que ter na sociedade. Se quer o novo, prove. Vá à urna e vote no novo. Não é novo na idade, é novo nas ideias, novo na concepção de política. Esse é o nosso entendimento. Não basta ser jovem, tem que estar preparado. Antenado com o que a sociedade discute, com o que a nossa juventude fala nas ruas. Esse é o grande desafio para a próxima geração política, para a minha geração que está hoje sucedendo grandes homens públicos do nosso estado.

E o Confiança? Consegue a classificação para a série B do Brasileirão?

Eu esperava uma vitória (primeiro jogo contra Londrina) até porque o Confiança vinha embalado. Jogou bem, teve grandes oportunidades, não conseguiu fazer o gol, mas deixou a esperança que podemos conseguir o resultado em Londrina, essa classificação heróica. É um sonho da torcida proletária desde 2008, a gente está revivendo o “Vamos subir, Dragão”, de lá para cá, a gente não teve um ano tão bom quanto agora, e a torcida mostrou que quando corresponde dentro de campo ela vai. Temos uma das maiores médias de público do Brasil jogando a série C num estádio limitado a 15 mil pagantes. Isso significa que o futebol sergipano está numa crescente, e eu espero que o Confiança possa subir para a série B para que a gente possa disputar com grandes clubes. Que a gente tenha esse sonho realizado. O Estanciano fez uma grande campanha, infelizmente, foi eliminado na segunda partida, mas chegou muito próximo, mostrando que estamos no caminho certo. O futebol sergipano está no caminho certo, obviamente que o Sergipe não passa por um bom momento, precisa se reerguer porque o parâmetro é sempre seu maior rival, e se o rival vai bem estimula a contratar. Entendo que o Confiança deve servir de exemplo para o Sergipe para que se fortaleça, se motive e que possa fazer grandes jogos, e quem sabe, ano que vem, a gente tem um clássico mais forte com torcida dos dois lados, e que dê sempre o resultado que eu mais sonho que é vitória do dragão em cima do Sergipe.

Foto: assessoria do parlamentar

Modificado em 14/10/2015 05:50

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