Por Joedson Telles
Quase que o Governo do Estado consegue ofuscar com maestria o fato de mais uma vida ter sido ceifada no tempero da insegurança imposta aos sergipanos. Quase. Mas seria preciso não apenas que todos os casos, envolvendo ou não policiais, fossem elucidados com a rapidez e energia com que a polícia lidou com a morte do sargento da PM, Sílvio Diógenes, mas, sobretudo, que assassinatos em Sergipe não estivessem bem mais para regra que exceção.
São mortes e mais mortes e a sensação de insegurança no atacado a se fundir com a dor das vítimas, familiares e amigos no varejo. Sergipe beija a lona sem forças para reagir quando o assunto é clamar por segurança. E a resposta parece descartar a empatia.
Disse em uma rede social e clono o juízo neste espaço: o fato de a polícia ter matado dois e prendido um dos suspeitos de terem assassinado o militar Sílvio Diógenes tem motivado retóricas para todos os gostos. Não falta gente dando entrevistas e entrevistas… Menos, menos. Mataram, prenderam, mas não trarão a vida de volta. Sergipe não tem segurança. É mais um policial morto. Mais uma vez, os bandidos provam não ter respeito por ninguém.
O fato é que são várias pessoas morrendo todos os dias. E elucidar um crime é sempre um paliativo. Precisa-se, na verdade, de um policiamento ostensivo eficiente. Um projeto de segurança pública que restitua aos sergipanos e aos que escolheram este estado para viver a paz de outrora. Assim como em todos os casos de homicídios, o sorriso da vítima Sílvio Diógenes fará falta a sua família e amigos para sempre à sombra da certeza que não temos segurança pública em Sergipe. Prisão não tem o poder de ressuscitar. Prevenção. Esta é a palavra. Por que é tão difícil o governo entender isso?