Na semana passada, a parlamentar havia defendido o adiamento das provas, considerando as dificuldades impostas pelo coronavírus, uma vez que nem todos os alunos, especialmente os da rede pública, têm estrutura tecnológica adequada para estudar e participar do processo. “A suspensão das aulas presenciais, em virtude da necessidade do isolamento social por conta do coronavírus, trouxe à luz a grande desigualdade no processo de educação entre os estudantes do nosso país. Uma gama tem todo um suporte que lhe favorece, mas a maioria não tem, sequer, o alimento em casa”, salientou Maria do Carmo.
Ela citou dados de uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), segundo a qual 46 milhões de brasileiros que não têm acesso a internet. “Essas desigualdades são históricas e estruturais. O Enem não pode ser um instrumento para aprofundar, ainda, mais o abismo entres os alunos, porque, infelizmente, milhões deles não têm acesso a uma educação gratuita e de qualidade como deveriam”, afirmou Maria do Carmo.
Enviado pela assessoria
Modificado em 20/05/2020 17:10