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Mãe com filho doente recorre à Defensoria Pública por falta de assistência

Com o filho doente nos braços e sem ter para onde recorrer, a diarista Roseane dos Santos procurou ajuda na Defensoria Pública na quinta-feira, 27, para conseguir solucionar um problema de infecção no olho esquerdo do menor de apenas seis anos, João Vitor dos Santos Anastácio.

Roseane dos Santos relatou que João Victor começou a apresentar irritação no olho com apenas dois anos de idade e procurou ajuda nas unidades de saúde e nos hospitais, mas nenhum médico solucionou o problema. “Os olhos ficavam irritados e ele chorava muito. Foi quando decidi levá-lo ao posto de saúde para ser atendido por um oftalmologista. O médico passou apenas colírio, mas não adiantou em nada. O diagnostico foi de que o canal do olho estaria entupido e que a única solução seria uma cirurgia”, relatou.

De posse do encaminhamento em mãos para avaliação e procedimento cirúrgico, Roseane não conseguiu marcar o atendimento por falta de vaga. “Fui marcar pela internet, mas não tinha vaga. Fiquei desesperada, com medo que o meu filho perdesse a visão e então decidi levá-lo ao Huse, mas o médico que atendeu informou que infelizmente não poderia fazer nada. Ele medicou apenas um colírio de R$ 31 e me indicou alguns médicos particulares, mas se eu não tive sequer o valor do colírio, pois quem me ajudou foi à diretora, imagine condições de pagar um médico particular?”, contestou a doméstica.

A psicóloga do Centro Integrado de Atendimento Psicossocial da Defensoria Pública, Juliana Passos, entrou em contato com a assessoria jurídica e de comunicação do Huse, mas sem êxito. “Eles me disseram que o caso de João Vitor é com o município e que o Huse é apenas para casos de trauma. Ora, como uma criança neste estado tem que esperar em casa para fazer uma cirurgia se tem febre e calafrios? É inadmissível que esse tipo de situação seja negado pelo Estado”, disse indignada.

Após contato com a assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Saúde, a Defensoria Pública conseguiu que João Victor fosse encaminhado para ser atendido por uma pediatra da UPA do Conjunto Augusto Franco. “A médica ficou surpresa com a situação de João Victor e disse que o caso dele é de internação, pois tem que tomar medicamento venoso. Ela disse ainda que dependendo do quadro do menino, poderá ser encaminhado ao Huse porque tem uma melhor estrutura do que a UPA para esse tipo de caso. A atenção da secretaria municipal de saúde foi um fator preponderante para a preservação da vida da criança”, ressaltou Juliana Passos.

Bastante emocionada, Roseane não se conteve ao agradecer a Defensoria. “Se não fosse a Defensoria meu filho poderia ficar cego. Ele tem febre, calafrio, convulsão e não consegue dormir. Não tenho condições de arcar com nada e dependo exclusivamente do SUS. Quando vocês ligaram para meu marido fiquei surpresa e feliz por acreditar que tem uma instituição que olha pela gente. Quero agradecer também a TV Atalaia por mostrar a nossa situação e a secretaria de saúde pela atenção dada ao meu filho”.

Enviado pela assessoria

Modificado em 29/11/2014 08:34

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