“Um ônibus pago com dinheiro público. Esse é um assunto que precisa ser levado ao Ministério Público de Sergipe para apuração. Não se concebe numa época como a de hoje um comportamento dessa forma. Precisa ser apurado de quem foi a responsabilidade. Quem gerou esse constrangimento. A eventualidade de discordância politica não dá direito a segregação para que uma jovem não possa vim no transporte público por ser adversário do gestor municipal” , disse.
O deputado observa que o transporte escolar é custeado com recursos públicos – e, por isso, precisa estar à disposição de todos. “Esperamos que isso não ocorra em nenhum município sergipano ou brasileiro porque o dinheiro do transporte é público e não se pode adotar uma postura como essa. Que sejam apontados os responsáveis para que se faça justiça pelo o assédio que essa jovem sofreu de se retirar do transporte público”, disse o deputado.
Venâncio
Já o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) acredita que houve uma tentativa de se criar um fato político em um ano de eleição. O deputado disse que o prefeito Pedrinho é seu adversário, há 20 anos, mas sempre teve o maior respeito por todos que fazem oposição.
“Nunca vim à tribuna fazer uma denúncia contra o prefeito. Pedido houve vários, mas ante eu checava e via que não era verdadeiro e não fazia. Existe um ônibus que não é obrigação do prefeito assumir essa responsabilidade, mas ele assumiu e paga. O transporte é público, mas ninguém tem o direito de esculhambar não”, frisou.
Venâncio relatou que os alunos que vêm para universidade assinaram um termo de compromisso que realmente vão para universidade e também que vão zelar pelo transporte, mas a jovem não quis assinar o termo.
“Quis criar um fato político em um ano eleitoral. Por que os outros assinam e a jovem não quis? Talvez orientação do pai ou alguém que tem influência. É bom que o Ministério Público apure, mas querer badernar, não. Vejam quantos estudantes usufruem deste mesmo transporte e são adversários do prefeito. Mande saber se tem um termo de responsabilidade e quem orientou a ela”, disse.
Terra de ninguém
Segundo o pai da estudante, contudo, desde o final do ano passado que a família tenta, sem sucesso, regularizar a situação, mas encontra dificuldade na Prefeitura de São Domingos. “A menina é de menor não pode assinar o termo. Quem tem que assinar são os responsáveis. Agora, a mãe dela já esteve na prefeitura várias vezes e não tem jeito”, disse Miguel, confirmando que, para não perder aula, a garota tentou viajar no ônibus mesmo sem o termo, mas, por ordem do prefeito Pedrinho, o veículo não saiu do lugar até a estudante descer.
“Um constrangimento. Imagine isso com umas 40 pessoas no ônibus…”, lamentou Miguel, revelando que este não é o primeiro caso da gestão Pedrinho do PT. “Houve mais dos alunos, no ano passado. São Domingos virou terra de ninguém”, completa, afirmando que já fez várias denúncias contra a atual gestão.
Do Universo
Modificado em 26/02/2018 20:35