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Jozailto e a obrigação de não desistir de levar Sukita à Justiça

Por Joedson Telles

Seduziu o repúdio merecido o desequilíbrio do ex-prefeito de Capela, Manoel Sukita, que chegou a se referir ao editor do Cinform, Jozailto Lima, carinhosamente, como moleque, assaltante, marginal… O elogiou também assegurando que ele estaria vendido ao prefeito de Capela, Ezequiel Leite. E, achando pouco, tentou persuadir que matou sua fome.Toda essa baixaria tem gênese em uma matéria assinada pelo jornalista com o título “Prefeito bota mão em R$ 6 milhões irregularmente”.

Várias pessoas saíram em defesa de Jozailto – sobretudo por telefone e via Facebook e sites. Inclusive o padrinho político do próprio Sukita, o senador Valadares, que puxou sua orelha de público. Como Jozailto prometeu bater à porta do Poder Judiciário, espera-se que, a menos que Sukita prove as graves acusações, e óbvio sua inocência, a justiça seja feita. Não apenas por Jozailto, mas sob pena de abrir um precedente gigantesco, estimulando qualquer irresponsável atacar a honra alheia sem apresentar provas para acusações, e, “de boa”, não ser punido.

Lógico que, caso a matéria não esteja calçada em provas inquestionáveis, como assegurou Jozailto Lima, o prefeito tem ensejo para se indignar. Entretanto, ainda assim, perde a razão, ao adotar a tática de acusar o jornalista com o fígado. O ex-prefeito tentou justificar sua agressão afirmando que Jozailto fica sentado atrás de uma mesa apenas fazendo o mal. Convido o internauta à reflexão: vamos supor que o ex-prefeito tenha razão, que Jozailto fica sentado… será que isso lhe dá o direito de avocar o papel do Judiciário e julgá-lo? Pior: de execrar o jornalista numa emissora de rádio ou em qualquer outro lugar? Óbvio que não. Vai um oceano de distância.

Acredito que não apenas Sukita, mas qualquer político ou não político que se sentir ofendido por qualquer jornalista ou não jornalista deve buscar a Justiça.

Como já disse aqui no Universo, trabalhei com Jozailto e não observei desonestidade em seu perfil. Ao contrário, enquanto editor, orientava o repórter, quando pautado para uma matéria no interior, a sequer aceitar almoçar à custa do prefeito. Imagine receber propina de um político para falar mal de outro? Até que se prove o contrário, Jozailto é probo. Exceto Sukita, não lembro de alguém ter colocado sua honestidade em xeque. Acusá-lo de aceitar propina de político ‘A’ ou colocar parente no gabinete de político ‘B’ – como falam de outros.

Qualquer político – e não só Sukita – tem o direito de não apenas contestar o trabalho de qualquer jornalista como também o levar à Justiça para que prove o que publica. Acredito, inclusive, que nem o próprio Jozailto pensa diferente. Mas, sem prova alguma, chamar um jornalista de assaltante, marginal… simplesmente pelo fato de discordar de uma matéria? Onde estamos? As pessoas não merecem respeito? Não existe Judiciário em Sergipe? Sukita fechou seu show midiático apostando que Jozailto não irá à Justiça. Espero que Jozailto frustre esta expectativa audaciosa – sob pena de um fato execrável como este voltar a indignar. As pessoas de bem, é óbvio.

Modificado em 30/04/2013 18:58

fabio: