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João Daniel: “golpe marca o início da retirada de direitos dos trabalhadores e privatizações”

O deputado federal João Daniel (PT/SE) lamentou que a maioria dos senadores tenham votado pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, eleita em 2014 por mais de 54 milhões de brasileiros que foram às urnas. O parlamentar, que acompanhou a votação no Palácio da Alvorada, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, outros deputados federais da base de apoio a Dilma, ex-ministros do governo e representantes de movimentos sociais, afirmou que esse dia ficará marcado na história do Brasil como marca no futuro das próximas gerações.

“A história ficará marcada no dia de hoje com a retirada de direitos da classe trabalhadora, das conquistas de direitos, marcado pela volta das privatizações e da miséria. É o que quer e vai fazer nesse momento a maioria do Senado. Hoje está sendo dado um golpe na juventude negra da periferia, na juventude rural que sonhou em ter um campus da Universidade Federal, a exemplo do Alto Sertão sergipano e de todos os cantos do Brasil. Hoje, o que se quer é impedir que o povo brasileiro construa uma Nação livre, justa e soberana”, afirmou.

Antes mesmo da votação, em discurso feito na sessão da Câmara, o deputado João Daniel já afirmava que, se o Senado votasse pelo impeachment da presidenta Dilma, votaria certo de que queria o Brasil entregando suas riquezas e atendendo ao projeto dos interesses imperialistas. “Em todos os momentos sempre tivemos muito claro qual era o projeto que está em curso sob a liderança deste governo golpista, que não nasceu e não nascerá do voto legítimo”, disse.

Na avaliação do deputado João Daniel, o resultado da votação no Senado, referendado na tarde desta quarta-feira, dia 31, somente pode ser comemorado pelos que sabem os direitos que vão retirar e por aqueles que não sabem os direitos que vão perder. O deputado petista disse que agora cabe às ruas e ao povo brasileiro estarem atentos, porque, com o golpe consolidado, os dias que virão serão para retirar conquistas históricas da classe trabalhadora no Brasil. Ele reafirmou que haverá resistência a esse golpe contra a democracia.

“São os interesses econômicos e políticos e a volta do Brasil Colônia, subordinado ao império americano. É assim que vê e age o ministro interino José Serra [ministro das Relações Exteriores], é assim que agem os que conspiraram e usaram uma parte ingênua do Senado e da Câmara para votar esse golpe”, declarou.

Início

Em discurso na Câmara, o deputado João Daniel lembrou que a gênese do que define como um golpe se deu na primeira sessão da atual legislatura da Câmara, quando houve a eleição para a Presidência da Casa, com a vitória do deputado Eduardo Cunha. Ele disse que, na ocasião, alguns pulavam, gritavam e comemoravam a vitória. Hoje, a maioria deles se esconde e não tem coragem de defendê-lo. “Aquela festa termina hoje. Hoje, há uma nova etapa daquela festa, que é a etapa da consolidação de um golpe que nasceu na primeira sessão da Câmara, quando o poder econômico, bancado, aliado e financiado pela elite conservadora, não aceitou sua quarta derrota: duas eleições do presidente Lula e duas da presidenta Dilma. Ali nascia uma conspiração para dar um golpe na democracia brasileira”, afirmou.

E eu ouvia o discurso, que está nas redes sociais e na imprensa nacional, do líder do governo interino golpista, em que ele deixa claro, num ato, no último sábado, no município onde sua esposa é candidata: ‘Eu mando, eu decido. Neste Estado não tem governador, neste Estado não tem senador, neste Estado não tem deputado federal, quem manda sou eu, eu e Michel Temer. Quem vai fazer tudo sou eu. É assim que será o Governo; é assim que será, a partir de hoje”, completou João Daniel, em discurso na Câmara.

Por Edjane Oliveira

Modificado em 01/09/2016 07:27

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