Por Joedson Telles
Já passava da hora de a frase do saudoso Nelson Rodrigues vingar nos holofotes internacionais, tendo no palco o jogador Messi e concorrentes a altura no futebol. Nesta tarde, em Monaco, o Francês Franck Ribéry, meia do Bayern de Munique, da Alemanha, venceu o argentino e o português Cristiano Ronaldo e, na ótica de 53 jornalistas de todo o mundo, foi escolhido o melhor jogador da Uefa da última temporada.
Particularmente, acredito que tanto Ribéry quanto o Cristiano Ronaldo (o mascarado bom de bola do Real Madrid) ou o próprio Messi poderiam vencer. Se equivalem. A eterna surpresa é quando vejo pessoas, inclusive algumas que até entendem de futebol, elevando Messi a um posto que jamais teria em outras épocas. É um excelente jogador. Um artilheiro nato. O maior goleador do momento. Rápido e matador. Mas longe de um Zinédine Yazid Zidane, para não puxar a sardinha para os brasileiros. Tem, é verdade, números excelentes em se tratando de gols. Um quebrador de recordes. Mas a genialidade do Zizou passou longe.
Como disse, Messi é um artilheiro. E artilheiro não precisa necessariamente ser craque. Aos que duvidam, se não tiveram o prazer de ver Zidane em ação, recorra ao You Tub. Compare as jogadas. As enfiadas de bola. Os toques de primeira. As improvisações. As jogadas surpresas. Os gols, não falo em números, mas qualidade. Variação. Até parando a bola, o francês não deixou dúvidas: era um craque. Exibiu o chamado futebol arte. Aliás, o mesmo Ribéry que derrotou o argentino hoje foi ofuscado, quando jogou ao lado de Zidane na Seleção da França. Ou não?
Pesa a favor do Messi, na verdade, o fato de contarmos nos dedos os jogadores tidos como excelentes em atividade. Veja no Brasil, por exemplo, país que sempre revelou inúmeros craques: quem além de Neymar? Então, evidentemente, o futebol profissional, como uma indústria de dinheiro, aposta tudo nos poucos talentos que têm no mercado, e aí o Messi, que não se compara ao Zizou, mas também não é nenhum perna de pau, se destaca.
P.S. Os argentinos sonham em ver Messi fazer pelo seu país o que Zidane fez pela França. Bem feito, aliás.
Modificado em 29/08/2013 15:24