Por Elder Santos
Requisito fundamental a todos aqueles que buscam a Educação Financeira, ser um bom pagador, além de obrigação ética, pode trazer os mais diversos benefícios. Se você acompanha pelo menos um pouco o caminhar de nossa economia sabe que o Brasil tem uma taxa básica de juros bastante alta em relação aos países mais desenvolvidos. Essa taxa básica chamada de taxa SELIC, de maneira geral, “guia” os juros praticados pelo mercado brasileiro em suas variadas vertentes e áreas. Sendo assim, o crédito em geral tende a ser caro.
E piora, caso você, seja pessoa física ou jurídica, vier a deixar de honrar os seus compromissos. Veja a situação financeira do ASA, representante alagoano no Campeonato Brasileiro da série C. Que apesar de fazer uma regular campanha, com 48,5% de aproveitamento, e a um ponto do G-4 (grupo que garante vaga para quartas de finais) passa por uma contínua crise.
Há um ano, precisamente no dia 5 de Agosto do ano passado, o Governo Federal sancionou a lei que criava o PROFUT, com o principal objetivo ajudar os clubes a quitar suas enormes dívidas com a União. Para isso, seriam criados refinanciamentos das dívidas fiscais das agremiações. Quem aderisse ao PROFUT refinanciaria suas dívidas em um prazo de 20 anos (240 parcelas). Além do longo tempo, o Programa reduzirá 70% das multas e 40% dos juros. Quem não cumprir essas normas ficaria sujeito a punições como proibição de contratar jogadores e até mesmo risco de ser rebaixado ou excluído de competições.
E neste quesito: rebaixamento, falta de cumprimento de metas por parte da agremiação arapiraquense, poderá ocasionar sua queda de divisão, favorecendo diretamente o representante sergipano, o Confiança, que está na oitava colocação na briga pela permanência na série C. Com prazo curto, direção alvinegra terá a obrigação de entregar às novas certidões negativas de débitos até a próxima sexta-feira (05), realizando o desembolso imediato de R$ 130 mil, ou o rebaixamento para a série D estará próximo de ocorrer.
Já sobre o Confiança, o time sergipano aderiu ao Profut em 30 de novembro de 2015 e conseguiu parcelar dívida de R$ 500 mil (FGTS, PIS, INSS e débitos com o Ministério do Trabalho e Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) em 20 anos. Há conversas para que o Confiança consiga o patrocínio da Caixa Econômica Federal a partir de 2017.
Modificado em 02/08/2016 11:27