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“Estamos vivendo um momento difícil na PMA, mas é inconcebível que procurem tirar partido disso”, diz secretário de João Alves

Nesta segunda-feira, dia 24, o secretário municipal de Comunicação Social, Carlos Batalha, ao lado dos secretários municipais de Saúde, Antônio Almeida, de Governo, Marlene Calumby, e do subprocurador-geral Ramon Rocha, concedeu entrevista coletiva à imprensa. O secretário esclareceu as polêmicas envolvendo a saúde municipal que foram disseminadas nos últimos dias.

O secretário foi enérgico em repudiar a forma como a situação foi explorada, transformando um problema de saúde pública em um espetáculo midiático. “Nós estamos vivendo um momento muito difícil na PMA, mas é inconcebível que essa fase encontre pessoas que, procurem tirar partido disso. Esse é um momento de somação, acima de qualquer outra coisa, afinal de contas, no que diz respeito à saúde estamos lidando com vidas. Não se justifica o espetáculo midiático como vimos nesse final de semana”, afirmou.

Batalha lembrou que os problemas na saúde não se limitam a Aracaju. Diversos municípios enfrentam problemas, e isso tem refletido diretamente no aumento do fluxo no Hospital de Urgências de Sergipe. “A imprensa pode pesquisar e ver quantas unidades de saúde estão fechadas ou quase que fechadas no interior do estado. Atribuir uma superlotação do HUSE a uma crise na saúde em Aracaju é uma leviandade, uma mentira. No jornal de hoje, foi mostrado a superlotação HUSE e várias ambulâncias oriundas do interior do estado estavam na porta, uma prova que a crise não é apenas em Aracaju”, garante.

A deficiência no atendimento do interior do estado também reflete na quantidade de pessoas que procuram o serviço de saúde na capital. “Aracaju recebe hoje pacientes de todos os municípios, em especial o Nestor Piva, até pela sua localização na avenida Maranhão, ele recebe quem vem de Socorro, Laranjeiras, Japaratuba. O setor de Urgência lá é maior e está funcionando, assim como o Fernando Franco  também. Alguns atendimentos tiveram uma queda, mas ambos estão funcionando e recebendo demanda do interior do estado”, lembra Batalha.

Além de ressaltar que Aracaju não está em estado de calamidade pública, o secretário criticou também a postura adotada pela Secretaria de Estado da Saúde, que não se preocupou em colaborar com o município na resolução do problema, mas sim em midiatizar a situação. “Não havia necessidade desse espetáculo. Aracaju não passa por calamidades como epidemias ou catástrofes. A secretária Conceição Mendonça, por exemplo, esteve presente no atendimento às vítimas da tragédia na boate Kiss, em Santa Maria. Ali ela viu, de fato, uma situação de calamidade em que precisou se montar campana, e não o que vivemos agora, onde o que precisava era a união entre os governos”, pontuou.

“Se houvesse interesse em ajudar e não apenas jogar para a plateia, a Secretaria de Estado teria procurado a Prefeitura e oferecido seu quadro de pessoal para reforçar o atendimento. Nessa gestão já tivemos uma greve de médicos que durou semanas com atendimento reduzido, e não se fez nenhum espetáculo. Fica a pergunta: seria pelo período que estamos vivendo?”, questionou o secretário Carlos Batalha.

O secretário da Saúde apresentou ainda dados que comprovam que o fluxo de atendimento tem se mantido constante. No Nestor Piva, até o dia 22 deste mês, foram realizados 6.111 atendimentos clínicos (em setembro foram 9.570), 1.067 cirúrgicos (1.534 em setembro); 1.194 ortopédicos (1.709 em setembro) e 144 odontológicos (238 em setembro). Nesta unidade, o atendimento clínico começou a apresentar queda da última sexta-feira, 21, quando foi veiculada a notícia “inverídica” que a mesma não estava atendendo. Mesmo assim os ortopédicos e cirúrgicos mantêm o atendimento normal. O mesmo quadro de atendimento se repete no Fernando Franco, referência em Urgência Pediátrica. Até o dia 22 de outubro, foram feitos 5.766 atendimentos clínicos (7.977 em setembro), 707 cirúrgicos (904 em setembro) e 1.568 pediátricos (2.225 em setembro). O fluxo de atendimento cirúrgico e pediátrico no Zona Sul permanecem normal.

É papel do Estado (SES) apoiar os municípios. Neste momento, o município de Aracaju, através da SMS não foi convocada para discutir o plano de contingência no Huse.

O Huse é um hospital que tem por obrigação atender todo paciente (sem qualquer restrição) que procurar o hospital, mesmo que de baixa complexidade e proveniente de qualquer município, bem como os Hospitais Municipais Nestor Piva e Fernando Franco, que recebe paciente de outros municípios, pois são porta aberta para o SUS, para urgência e emergência. O atendimento deve seguir a estratificação de risco.

Atualmente, mais de 20% dos atendimentos realizados pelo Nestor Piva e Fernando Franco, são de pacientes provenientes do interior, por falhas no atendimento em suas localidades. O funcionamento dos hospitais regionais (interior), bem como clínicas de saúde do interior, quando apresentam falhas de atendimento, contribuem consideravelmente para o aumento do fluxo de pacientes nas unidades hospitalares em Aracaju.

A segunda polêmica esclarecida durante a coletiva foi com relação ao pedido feito pelo Ministério Público Estadual para o bloqueio de R$ 11 milhões das contas do Governo do Estado para quitar débitos com a Prefeitura de Aracaju. O sub-procurador Ramon Rocha confirma o pedido do Ministério Público de bloqueio de verba pública. “O processo é público e está disponível para quem quiser. A audiência sobre o processo acontecerá na Justiça, na 18ª Vara, nesta quinta-feira, dia 27”.

Durante a entrevista, a secretária de Governo Marlene Alves Calumby, ressaltou o empenho da gestão em buscar melhorias para os servidores. “Nesses quatro anos nós procuramos manter um diálogo sempre aberto e com muito respeito com todos os 18 sindicatos, inclusive vários avanços foram concebidos as categorias nesse período. Acho que nossa postura agora é de reconhecer as nossas limitações, pedir desculpas por esse momento que estamos atravessando e nos colocarmos na posição daqueles que estão em dificuldade por não receber seu salário em dia. Nós estamos lutando para que essa falha seja suprida e que a gente possa chegar ao final da gestão de uma maneira mais confortável e mais justa para o servidor”.

Finanças

O secretário Carlos Batalha também esclareceu a situação de dívida de R$ 11 milhões por parte do Governo do Estado.  O Ministério Público do Estado confirmou a existência da dívida e irá solicitar o bloqueio das contas, de acordo com o requerimento.

‘Impõe-se a concessão de medida acautelatória consistente no “Bloqueio de verba pública do Estado de Sergipe, na ordem de R$ 11.037.697,60 (onze milhões, trinta e sete mil, seiscentos e noventa e sete reais e sessenta centavos) a incidir, preferencialmente, sobre as verbas orçamentárias e financeiras destinadas a Secretaria Estadual de Comunicação Social para o ano de 2016, que perfazem o valor global de R$ 21.436.000(vinte e um milhões e quatrocentos e trinta e seis mil reais).’

“Hoje foi liberado o pagamento de 10 letras da saúde (C, D, E, F, G, O, Q, U, Y e Z), que totaliza quase R$ 2 milhões. Semana passada ele e Toni estiveram no Tribunal de Contas de que até o dia 31 a folha da saúde estará quitada e as outras aos poucos. Todo esforço está sendo feito para que esse pagamento seja realizado”, afirmou.

Enviado pela assessoria 

Modificado em 24/10/2016 17:29

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