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Em crise financeira, prefeitos apelam para os deputados estaduais

Jorjão: ajustes na máquina

Por Joedson Telles

“A presença dos prefeitos, hoje, aqui na Assembleia Legislativa, faz parte de um processo de mobilização. É uma audiência proposta pela deputada estadual Silvia Fontes para que nós prefeitos viéssemos aqui falar sobre a crise financeira vivida pelos municípios. A maioria já falidos. Sem condições sequer de cumprirem suas obrigações constitucionais. Sequer pagar a folha”, lamentou o prefeito de Nossa Senhora do Socorro, Fábio Henrique de Carvalho (PDT).  Com exceção dos serviços de saúde e coleta do lixo, quase 70 prefeituras sergipanas também fecharam suas portas, hoje, como parte do protesto contra a redução no repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

A sessão especial aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 29, no plenário da Assembleia Legislativa e contou a presença de deputados e vários prefeitos e representantes dos municípios do interior sergipano. “Aqui é a casa do povo. Todos os deputados que aqui estão foram eleitos com a participação dos municípios sergipanos, e os municípios estando fracos fragiliza toda a população. Então, nós queremos parabenizar a Assembleia por ter proposta essa sessão especial”, disse Fábio Henrique.

Segundo Heleno Silva, prefeito de Canindé do São Francisco, uma intervenção não está descartada. Ele disse ainda ser preciso apelar para que os senadores e deputados sergipanos reformulem o Pacto Federativo, em Brasília. “A situação que estamos passando é desumana. Estamos aqui para pontuar essa situação: os municípios de Sergipe estão pedindo socorro. Estamos deixando clara nossa posição: não tem como administrar, se não conseguirmos nos recuperar”, disse.

 

Ajustes em São Cristóvão

Ao final da sessão especial, o prefeito de São Cristóvão, Jorge Eduardo Santos (PSB), o Jorjão, salientou que os prefeitos estão mais otimistas e esperam que o contato direto com os deputados tenha um efeito positivo. “A união faz a força. Hoje, aqui, com a união dos prefeitos o movimento sai fortalecido porque obtivemos apoio dos 24 deputados. E, com certeza, no Senado Federal e na Câmara Federal não será diferente”, disse o prefeito.

Jorjão lembrou que quando assumiu a Prefeitura de São Cristóvão precisou fazer alguns ajustes na máquina para enfrentar os problemas financeiros. “Fizemos alguns cortes que permitiram ao prefeito Jorjão, após assumir a prefeitura, em torno de 40 dias depois, tivesse a possibilidade de implementações positivas. Como o transporte escolar, a concessão dos 15,01% ao magistério, recuperação de estradas, limpeza da cidade, melhoria da iluminação e várias ações que foram permitidas por conta dos ajustes. E a redução dos salários dos secretários, do prefeito e do vice-prefeito em 20% e cortar algumas secretarias e os adjuntos de algumas secretarias”, disse Jorjão.

Foto: Robson Santana

Modificado em 29/09/2015 20:40

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