Sobre o caos nas finanças do Estado o senador afirmou que “fui intitulado de pessimista e afirmavam que as contas públicas estavam extremamente positivas e não é o que observamos agora”. Segundo Eduardo, o problema chegou a um ponto tão grave, que em outubro do ano passado, o governo não tinha recursos para honrar o pagamento dos salários dos servidores públicos ativos e inativos.
“Uma demonstração inequívoca da falta de responsabilidade e de zelo com o erário público sergipano”, afirmou Eduardo. Ele disse ainda que o governo precisou realizar uma operação de crédito com o Banco do Brasil, a fim de antecipar a receita de royalties junto a Petrobras. “Isso rendeu para o Estado o montante de R$ 337 milhões aos cofres públicos”.
O parlamentar ao detalhar o estudo financeiro das contas públicas do governo do Estado, comunicou que “os recursos conseguidos com a antecipação dos royalties só serão suficientes até este mês”. Ele avisou que o problema “foi apenas parcialmente resolvido e não corrigido”.
Empréstimos
O líder do PSC no Senado reafirmou em discurso que o atual governo, entre 2008 e 2014, solicitou empréstimos na ordem de R$ 4 bilhões. Ele considerou o fato como “preocupante”. Segundo ele, o governo vive o presente utilizando recursos que serão cobrados no futuro. “Restará no futuro às dívidas de gestores descompromissados com o nosso povo, com a nossa gente”, disse.
Para o senador, o governo herda de si próprio um cenário de caos e irresponsabilidade que atinge fortemente a família sergipana, consequentemente, diversos e valorosos servidores públicos. “Embora o governo alegue que o problema previdenciário surgiu devido a um alto número de contratações na década de 80, esquece-se de esclarecer que o déficit da previdência do Estado surgiu e teve um salto grandioso no período de 2008 a 2013”, informou.
Ao apontar números da situação financeira do Estado, Eduardo disse que em 2013 o governo precisou retirar a quantia de R$ 606 milhões dos cofres públicos para pagar salários devido ao déficit da previdência. “Mesmo com esse contraditório, Sergipe é o Estado da Federação que possui a quarta maior alíquota de contribuição previdenciária por parte do servidor, 13%, segundo dados obtidos no Anuário Estatístico da Previdência Social 2013”, disse.
O senador Eduardo disse ainda que Sergipe merece uma gestão “responsável e comprometida com o maior patrimônio, que é o povo sergipano”.