Para o senador, uma das principais causas do endividamento é a máquina pública inchada. Amorim argumentou que Sergipe tem mais secretarias que o estado de São Paulo. Proporcionalmente, o estado tem o segundo maior gasto com pessoal, o que faz com que o governo se negue a pagar reposição salarial aos servidores efetivos, além de atrasar o pagamento das remunerações.
“A conta é simples e não há mágica. Sergipe precisa urgentemente enxugar a máquina, diminuir o número de secretarias e de cargos comissionados, com certeza milhares e milhares, além de realizar cortes e reduzir despesas. Caso contrário, temo pelo futuro do meu estado”, disse.
O senador informou que o quadro leva ao caos em setores como a saúde, com pessoas morrendo por falta de cirurgias. Eduardo Amorim citou, ainda, o alto índice de analfabetismo e o aumento no número de crimes violentos no estado, classificado o quadro como “assustador e preocupante”.
“Para se ter uma ideia, os salários de servidores e pensionistas foi atrasado e o funcionalismo público não terá reajuste, sequer a reposição salarial. Um governo, cuja bandeira é do Partido dos Trabalhadores, trata seus servidores com tamanho descaso”, informou Amorim ao dizer ainda que proporcionalmente Sergipe é o estado no país que mais gasta do orçamento com pessoal.
Reajuste
Ao detalhar a situação financeira do estado, o senador disse que a Secretaria de Estado da Fazenda informou que não tem condições de conceder reajuste salarial aos servidores, pois o Governo está se aproximando do limite máximo de 49%, ultrapassando o limite prudencial – que é de 46,55% – da Lei de Responsabilidade Fiscal. “O endividamento é o principal entrave ao atendimento imediato dos direitos aos serviços de saúde, educação, transporte e segurança pública”, disse Amorim.
Modificado em 11/09/2013 09:07