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“É preciso resgatar a história do Brasil, construída com muita luta”, afirma João Daniel

O deputado federal João Daniel (PT) registrou a importância de se resgatar a história do Brasil e de luta do povo brasileiro, especialmente nesse momento em que o país vive uma tentativa de golpe contra a presidenta eleita democraticamente. Em discurso feito na sessão desta terça-feira, dia 15, na Câmara dos Deputados, o parlamentar lembrou que no último dia 13 completou 47 anos que foi assinado no país o Ato Institucional nº 5, o AI-5, o mais duro golpe do regime militar contra a democracia.

“Há 47 anos, os militares impuseram o Ato Institucional a esta Casa, o que talvez tenha sido o seu maior período de recesso. E este ano, na mesma data, em várias partes do nosso país, percebemos manifestações de setores que querem cortar a democracia, que querem aplicar um golpe contra a presidenta, eleita legitimamente”, disse, referindo-se às manifestações realizadas no último domingo em algumas partes do país contra a presidenta Dilma Rousseff, uma das grandes mulheres brasileiras, que sofreu perseguição, humilhação e tortura, lembrou o deputado.

João Daniel acrescentou que, com o AI-5, houve o maior retrocesso em todos os campos da vida brasileira, quando centenas de políticos tiveram mandato cassado e os direitos políticos suspensos; ministros do STF aposentados compulsoriamente; cidadãos punidos; entre tantas outras sanções, como prisões, torturas, assassinatos, exílios, entre outras barbáries.

Para o deputado, é preciso se trazer à memória isso, porque talvez seja difícil para muitos jovens, inclusive parlamentares, terem a noção e compreender a realidade daquele momento. “Eles nasceram num país livre e democrático, construído pela luta de alguns que ainda estão aqui e que tiveram uma vida dedicada à busca de justiça e liberdade e de outros que mesmo tendo participado daqueles anos de perseguição e dureza se aliam de forma circunstancial aos promotores daqueles duros tempos.

É preciso que se informem sobre o passado, sobre esses anos sombrios da nossa história e vejam que, à semelhança daquele tempo, o que tem se buscado hoje é retornar àquela época obscura, com a intenção de golpear a democracia, com o impedimento de uma presidenta legalmente eleita e sobre a qual não se apresenta a denúncia de nenhum crime que justifique esse procedimento”, afirmou.

Na avaliação do parlamentar, é necessário que se veja que, sob a desfaçatez de uma falsa moralidade, se tem por trás interesses bem menos nobres do que aqueles que tentam levar a população a crer. “O que incomoda de fato a burguesia e a pequena burguesia brasileira não é o que estão apresentando como pedalada fiscal. O que eles não aceitam são os avanços sociais que tivemos nos últimos anos. O que detestam é que pobres, negros, índios, mulheres e pessoas da comunidade LGBT tenham os seus direitos respeitados e que avancem na construção de uma sociedade mais digna”, avaliou.

Segundo o deputado, a sua luta e dos que defendem a democracia é para que, tendo como espelho o AI 5, não se permita que a democracia seja golpeada por aqueles que sempre tiveram o Estado a seu serviço e que não suportam ver o mundo em que os direitos possam ser iguais e que igualdade, solidariedade e justiça sejam bens compartilhados por todos. “Não ao golpe. Pela democracia e pelo respeito ao direito de todo o cidadão será sempre a nossa luta. Precisamos retomar a normalidade para que o Governo retome a sua ação em prol do nosso povo”, frisou.

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