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Discurso de Jackson tem objetivo de prevenir para o fracasso de sua administração, diz Valadares

O senador Antônio Carlos Valadares (PSB) reprova o comportamento do governador Jackson Barreto (PMDB) que não consegue descer do palanque por conta da vitória do então candidato a prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PC do B). Valadares lembra que Jackson sequer aparecia na campanha de Edvaldo por conta da rejeição oriunda de sua gestão. “Ele apareceu, sim, 8 dias antes da eleição, às escondidas, em alguns lugares estratégicos escolhidos por eles, para mudar o resultado da eleição com as armas que Sergipe inteiro conhece”, disse o senador, na manhã desta quarta-feira, dia 9, ao radialista Gilmar Carvalho, na Mix FM.

Valadares lamentou que, no momento de crise estadual, numa situação de aperto, quando todos os governadores de Estado recorrem aos senadores da República e procuram conviver em harmonia com seus representantes, o governador de Sergipe briga a toda hora e a todo instante. “A missão do governador é trazer paz e harmonia à sociedade. E não manter uma guerra contínua e permanente, colocando a culpa das suas ineficiências nos seus adversários. Talvez este discurso tenha o objetivo de já prevenir o povo para o fracasso de sua administração”, criticou.

Ele adverte a população que JB tem fugido da própria responsabilidade tentando transferir a culpa pelo fracasso da administração estadual a terceiros. “Quando é questão de segurança, ele coloca a culpa nos ex-governadores por não terem realizado concurso; até Marcelo Déda foi atingindo com isso; se o caos atinge a saúde, ele coloca a culpa nos prefeitos; e, quando atrasa salários, a culpa é do governo federal, que fez renúncia fiscal (a exemplo de Dilma). Ele está há 3 anos como governador e quer passar a imagem de que não tem responsabilidade alguma sobre a desorganização administrativa que tomou conta do estado”, apontou.

O senador vê como desequilíbrio e desproporção, além de desrespeito ao cargo de governador, o comportamento de Jackson Barreto. “Acho que o governador está sofrendo algum problema. Isto não é normal”, disse Valadares.

“Primeiro, é importante dizer que o governador do Estado, Jackson Barreto, após o resultado das eleições, destila ódio e raiva contra os adversários. Parece até que ele foi o perdedor da eleição. Talvez porque ele foi obrigado a se esconder durante todo o período eleitoral, – ele que gosta de aparecer – , por causa da sua impopularidade, com um índice de rejeição, que chega a 80% junto a população de Aracaju”.

Valadares atribuiu o comportamento agressivo e desarrazoado do governador a um sentimento de perda pessoal, de frustração. “Acho que ele se sentiu pessoalmente derrotado ao não poder aparecer pessoalmente nos palanques, nas carreatas, junto à população, para reverberar em favor do seu candidato”, analisou.

Provocado a responder a ultima nota emitida por JB, onde ele usou termos de baixo calão contra os três senadores de Sergipe, que reivindicaram e conseguiram, junto ao Governo Federal, através do Ministro da Justiça, a vinda de reforço da Força Nacional de Segurança, a partir de janeiro de 2017, em socorro ao povo sergipano, que está obrigado a viver num estado que figura como o primeiro no ranking de assassinatos no Brasil, Valadares apontou despreparo e inaptidão de Jackson Barreto para a função pública.

“Jackson Barreto desconhece não só de administração. Ele foi deputado federal várias vezes. Mas, não sabe as atribuições de um senador. Mesmo nunca tendo sido senador da República, ele tinha obrigação de conhecer a Constituição Federal, que diz: …quem representa o povo são os deputados, na Câmara dos Deputados; quem representa cada estado junto a União são os três senadores. Tanto isto é verdade que o país só tem 81 senadores, assegurando que cada estado tenha o mesmo número de representantes no Senado Federal. Isto se dá para que cada estado, através de seus três senadores, tenha peso de representação igualitária”, esclareceu.

“Nós, os três senadores, exercemos o nosso dever constitucional, ao irmos ao presidente da República, – como fomos -, irmos ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para levarmos, os três: eu, Eduardo Amorim e o pastor Virgílio, as preocupações com essa situação vexatória, caótica, impiedosa, por que está passando a população de Sergipe, com a violência na capital e no interior, ceifando vidas, roubando valores, humilhando a população”, justificou.

“Não fui ao ministro fazer o enfrentamento com o governador porque, bem ou mal, ele representa o Estado. Mas perante a União, quem tem representatividade pelo Estado é o senador da República, não é o governador. Ele (JB) vem aqui para fazer o apelo que ele quiser. Mas quem tem legitimidade para falar em nome do Estado no Senado é o senador da República. E ele quer tirar este direito?”, reagiu, alertando que ainda não é chegada a época da ditadura.

Valadares disse não compreender a ausência do governador durante a reunião da bancada para votação das emendas, já que é um ato de rotina desde que ele próprio governou Sergipe, tendo se repetido em todas as legislaturas. “Ele sabia que do dia primeiro até o dia 20 de outubro de 2016, por determinação do Congresso, a nossa bancada estaria se reunindo para definir as emendas. Estiveram presentes os deputados aliados dele e dezenas de prefeitos”, comentou.

Codevasf

“A emenda da Codevasf foi assinada por todos os parlamentares de Sergipe, inclusive pelos amigos e aliados de JB. Esta emenda se destina à região que tem o maior bolsão de pobreza, que é o Baixo São Francisco e está abandonada. Aqueles perímetros irrigados que são salvação de milhares de famílias, onde se concentram mais de 24 mil empregos diretos e indiretos. Este povo está abandonado, as bombas sem funcionar, os canais entupidos, agravados agora com a redução da vazão do rio São Francisco. JB é contra esta emenda”, condenou.

O senador fez questão de ler a ata de aprovação da Emenda, com assinatura de toda a bancada sergipana no Congresso Nacional, inclusive dos deputados federal aliados ao governador do Estado. “Estou com a ata assinada por todos os parlamentares de Sergipe. Está assinada pelos senadores: Antonio Carlos Valadares, Eduardo Amorim, Virgílio de Carvalho Neto; pelos deputados federais: Adelson Barreto, André Moura, Bosco Costa, Fábio Mitidieri, Fábio Reis, João Daniel, Jony Marcos e Laércio Oliveira”.

Hospital do Câncer

Agora, o incrível disso é que, nestes três anos, o governador Jackson Barreto já tem depositado nos cofres do Estado quase R$ 40 milhões, fruto de emenda parlamentar, e ele não começou a obra”, lamentou.

Valadares informou que, estranhamente, embora a obra de construção do hospital do câncer tenha sido licitada no valor de R$ 60 milhões, o governador pediu uma emenda de R$ 150 milhões ao Congresso. “Se a obra custa R$ 60 milhões e o governador pede R$ 150 milhões, quem é que está gagá? O gagá é JB, que pede R$ 150 milhões para uma obra de R$ 60 milhões, já tendo R$ 37 milhões nos cofres”, alertou.

“O Estado de Sergipe não merece isso. Nós estamos vivendo uma crise sem precedentes na nossa história. O governo atrasando salários, parcelando salários, botou a mão no dinheiro da previdência – R$ 250 milhões – , quando é que estes servidores verão este dinheiro de volta? Quando este dinheiro será reposto? – Nunca!”, repreendeu Valadares.

Proinvest

O senador alertou a população de que o estado de Sergipe não dispõe de capacidade operacional de contrair mais empréstimos, lembrando que o governo do Estado recebeu R$ 257 milhões, referente à primeira parcela do Proinvest, dinheiro que foi gasto e não comprovado. “Ele gastou o dinheiro e não comprovou a aplicação de R$ 100 milhões. Falta prestar contas da aplicação de R$ 100 milhões para que ele possa acessar a segunda parcela, de R$ 200 milhões, do BNDS”, denunciou o senador.

“E quer dinheiro?”, questionou Valadares, acrescentando existir junto aos bancos de crédito a suspeita de que o dinheiro do Proinvest sofreu desvio de finalidade. “O dinheiro foi usado, durante a gestão de JB, na conta única do Estado, para aplicações diferentes das obras que estavam determinadas para o Proinvest. “O estado estava com o caixa vazio, o dinheiro do Proinvest serviu de suporte para despesas que não tinha nenhuma relação com os recursos do Proinvest”, denunciou, elencando duas das obras atrasadas, como das rodovias Itaporanga D”Ajuda – Itabaiana e Pirambu – Pacatuba, previstas no projeto aprovado pela Assembleia Legislativa de Sergipe.

Mandato

Valadares fez questão de prestar contas do mandato que desenvolve, representando o povo sergipano no Senado da República, informando que, ainda nesta quarta-feira, estão em apreciação duas proposituras de autoria dele: uma que trata da proibição da reeleição para cargos executivos e outra que regulamenta audiências de custódia, para que o encarceramento passe a ser exceção no sistema prisional brasileiro. “Com este trabalho, desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ- foi possível reduzir, através das audiências de custódia, quase que 40% das prisões em São Paulo”, revelou, acrescentando que a iniciativa reduz a despesa com o sistema prisional aos Estados.

Enviado pela assessoria 

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