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Dia dos Professores: reconhecimento do trabalho de quem se dedica à arte de ensinar

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), reconhece e valoriza o empenho e o comprometimento dos educadores que se dedicam, fazem história e, por intermédio de sua atuação, promovem avanços no cenário educacional. Neste Dia dos Professores, 15 de outubro, a Educação de Sergipe tem o que comemorar.

Através do trabalho dos professores, alinhado à política educacional do Governo de Sergipe, as escolas da rede estadual têm atingindo resultados significativos nos Índices de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), saltando nos três níveis de ensino, deixando os últimos lugares do ranking nacional.

Também são felicitados os profissionais do Magistério neste dia por ajudarem a melhorar a taxa de aprovação nos anos iniciais (1º ao 5º ano), a qual aumentou de 83% para 89%. Ou seja, houve diminuição nas taxas de reprovação e abandono.

As notas médias de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática também aumentaram, num percentual de 7.81% (Língua Portuguesa) e 3.99% (Matemática). Nos anos finais, os dados também apontaram resultados positivos na aplicação das políticas públicas e no trabalho dos professores. Do 6º ao 9º ano, a taxa de aprovação na rede estadual passou de 62,6% para 73%, ou seja, um aumento de 10,4% no índice, o que significa também diminuição nas taxas de reprovação e abandono nos anos finais.

As notas de proficiência em Matemática e Língua Portuguesa seguem a mesma análise positiva, num percentual de aumento de 1.27% (Matemática) e 6.8% (Língua Portuguesa) de aprendizagem.

Tudo isso são dados a comemorar, graças ao trabalho e apoio dos educadores, assegurando mais qualidade nos processos educacionais, tirando Sergipe dos últimos lugares em que se encontrava. Também parabeniza os profissionais do Magistério pela melhoria do acesso dos alunos da rede estadual ao ensino superior e por elevar o Índice de Competitividade na Educação em relação a outros estados.

“No momento atual e ao longo dos anos, contamos com o empenho e a dedicação desses educadores altamente preparados e comprometidos. Esses profissionais são agentes fundamentais que encaram com competência e responsabilidade o grande desafio da formação do desenvolvimento pleno dos educandos numa sociedade mais justa, democrática e inclusiva”, afirma Josué Modesto dos Passos, secretário de Estado da Educação.

Composição salarial

O governo do Estado começou a recuperação da hierarquização da Carreira do Magistério com a aplicação de percentuais em cima do Piso Nacional do Magistério de acordo com a titulação dos docentes, nos seguintes percentuais, que serão aplicados a partir de dezembro deste ano: Graduação: 6%; Pós-graduação: 7,5%; Mestrado: 9,3%; Doutorado: 15%.

A partir deste ano de 2018 o Governo de Sergipe paga o reajuste de 6,81% no piso salarial dos professores, passando de R$ 2.298,80 para R$ 2.455,35. O professor que menos ganha em Sergipe recebe o salário inicial de R$ 3.437,49. Não há nenhum professor na Rede Estadual recebendo abaixo do piso. Sobre esse valor, ainda são pagas gratificações, como Regência de Classe (40%) ou Atividade Técnico-Pedagógica I e II (20% e 40%), bem como adicionais, a exemplo do Adicional de Triênio, correspondente a 5% do vencimento base a cada três anos de efetivo exercício, com o limite do triênio de 40% sobre o vencimento. O Governo ainda concede a Gratificação de Interiorização para os professores que precisam se deslocar para os municípios do interior de Sergipe.

Educadores que fizeram história

A rede estadual de ensino conta com um total de 9.662 professores atuando em nove diretorias regionais de educação e mais a Diretoria de Educação de Aracaju, dentro de salas de aula, na gestão e se dedicando às atividades administrativas. Muitos desses profissionais conquistam destaque nos cenários local e nacional, por conta das ações pedagógicas inovadoras, pesquisas e por utilizarem métodos criativos, que colaboram para a melhoria da qualidade do ensino público do Estado.

Em Sergipe, não é difícil encontrar profissionais abnegados que trabalham com amor e responsabilidade. Conforme verifica o secretário, o empenho e dedicação dos profissionais do Magistério são primordiais para a formação integral do ser humano e na criação de valores. “O Dia dos Professores deve ser celebrado por todos nós da sociedade. Temos o que comemorar graças ao trabalho e apoio dos educadores que asseguram mais qualidade nos processos educacionais”, reforça Josué Modesto.

A Professora Maria Hermínia Caldas é uma das professoras que ao longo dos 60 anos se dedica às ações educacionais. Aos 86 anos de idade, Hermínia Caldas, natural de Propriá, recorda-se dos anos de contribuição à educação. “Com 13 anos, em 1945, me mudei para Aracaju e meus pais me matricularam no Colégio Nossa Senhora de Lourdes. Naquela época, o meu sonho era estudar Medicina, mas como ainda não havia esse curso no Estado em 1952, ingressei na Faculdade Católica de Filosofia, no curso de Línguas Neolatinas. Antes mesmo de me formar já ensinava na unidade escolar em que estudei. Eu me formei no dia 15 de dezembro de 1955 e no ano seguinte, 1956, comecei a trabalhar na Rede Estadual de Ensino, lecionando na Escola Normal”, relembra, ao comentar com a total convicção que a sua vocação sempre foi para o magistério.

Por mais de 15 anos, no período de 1953 a 1969, Maria Hermínia Caldas dedicou-se à docência: lecionou no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, na Escola Normal, no Colégio Estadual Atheneu Sergipense e na Escola Tiradentes. “Reconheci a minha real vocação para a docência. Até hoje encontro pessoas que se dizem gratas por terem sido meus alunos, e isso é enriquecedor. É gratificante essa trajetória permeada de um constante aprendizado. Caminhar pelos trilhos da educação enche a minha vida de glória”, destaca a professora.

No ano de 1969, a professora Maria Hermínia Caldas foi convidada para coordenar o Departamento de Educação Média (DEM), depois passou a trabalhar na Coordenação de Moral e Cívica. Por esse motivo, a educadora é uma referência quando se comenta acerca das atividades da Semana da Pátria e do 7 de Setembro.

A educadora recorda que o primeiro desfile que organizou ocorreu no ano de 1979 e até 7 de setembro de 2014, trabalhou em todas as atividades cívicas, totalizando 35 anos de atuação. “Deixei a Seed em 2015 e sempre fui homenagear os desfiles alusivos à Independência do Brasil, mas este ano não pude. No último dia 7 de setembro recebi muitos telefonemas dos colegas, professores e jornalistas para saberem qual a razão de que não estava presente no desfile”, diz.

Para a professora Maria Hermínia Caldas, somente por meio da educação é possível ter um futuro melhor. “Não podemos pensar em avanços na sociedade sem a participação de bons mestres. Educador é aquele que transforma vidas”, afirma.

Maria Marques dos Santos, educadora mais conhecida entre os moradores do bairro Santos Dumont

A moradora mais antiga do bairro Santos Dumont, zona Norte de Aracaju, a professora Maria Marques dos Santos, Dona Arlete, como é popularmente conhecida na comunidade, com seus 90 anos, ainda se recorda dos principais desafios com que se deparou para tornar-se educadora. “Meu pai não queria que eu fosse professora, mas a vida toda fui uma apaixonada pela arte de transmitir conhecimentos. Recordo que minha formatura ocorreu no dia 13 de dezembro de 1947. No ano seguinte comecei a ensinar na antiga Escola Estadual Getúlio Vargas. Até me aposentar, em 1980, me dediquei às atividades educacionais. O professor é a base para qualquer outra profissão, e quando se faz com amor, é algo maravilhoso”, salienta.

Maria Marques dos Santos comenta que, mesmo contrariando o pai, acreditou e correu atrás dos sonhos. “Até hoje recebo visita dos meus ex-alunos, que hoje são pais e mães de família. Eles são os meus filhos do coração. No período em que a escola onde eu trabalhava estava em reforma cheguei a ministrar aulas debaixo da mangueira para não interromper o ano letivo e consequentemente prejudicar os alunos. Nesta época, recebi até a visita do então ministro da Educação, Jarbas Passarinho”, disse.

Para a professora, ensinar é uma vocação e que precisa de envolvimento e responsabilidade. “Em minha comunidade, eu ensinei de 1954 a 1967 na antiga Escola Estadual do Anipum, local em que hoje se localiza o Colégio Estadual Olavo Bilac”, relembra. “Eu encarava os obstáculos como desafios. O sucesso dos meus alunos é o motivo da minha felicidade”, frisou.

Dores do parto em sala de aula

Dentre as diversas histórias registradas na memória da professora Marques, ela se recorda do nascimento do filho José Santana. “Estava em sala quando comecei a sentir as dores do parto. Logo em seguida, chegou a parteira para ajudar no nascimento. Por coincidência, ele também se tornou professor e foi diretor do Colégio Estadual Olavo Bilac”, relembra.

O seu filho, José Santana dos Santos, diz que herdou da mãe o dom de ensinar e a vontade de transformar para melhor a vida dos moradores do bairro Santos Dumont. “Fui aluno, professor e gestor do Colégio Estadual Olavo Bilac por 10 anos. Dos 31 anos e dois meses de profissão passei 18 anos e dois meses trabalhando na unidade escolar. Atuei também 13 anos no Colégio Estadual Governador Augusto Franco. Agora, já estou aposentado”, comentou o docente.

De acordo com Maria Marques dos Santos, ela procurava compreender as dificuldades de cada estudante. “A educação começa dentro do lar e se estende para a escola. É importante formar os jovens para a vida. Dessa maneira, pais e professores devem transmitir princípios como o valor do respeito ao próximo. Eu me sinto muito feliz e tenho orgulho da minha trajetória como educadora”, afirma.

No dia 28 de setembro, data da inauguração da reforma e ampliação do Colégio Estadual Olavo Bilac, a professora foi homenageada pela comunidade escolar pelas importantes contribuições à comunidade. “Eu não tenho palavras para expressar a minha felicidade diante de todo o carinho e reconhecimento”, declarou.

Pesquisas Científicas

São inúmeros os relatos e registros de ações e atividades pedagógicas exitosas na rede estadual de ensino. Dentre elas, é possível destacar os 112 projetos orientados pelos professores da rede estadual que serão apresentados na 8ª edição da Feira Científica de Sergipe (Cienart), no dia 27 de outubro, das 8h às 16h.

“Considero como um ponto positivo a realização de pesquisas ainda na educação básica, pois é um meio de incentivar e promover o despertar científico dos estudantes. Esses jovens assumem o papel de protagonistas, tornando-se ainda mais questionadores. É relevante frisar também que esses estudos são de conteúdos trabalhados também em sala de aula”, ressalta a coordenadora do Cienart, professora e pesquisadora do Departamento de Física da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Zélia Macêdo.

Educadores que se destacam

O professor Flávio Gilberto Bento da Silva Araújo, do Colégio Estadual Francisco Rosa, no bairro Bugio, em Aracaju, atua no Estado com um trabalho que já ganhou visibilidade em todo o país. O projeto intitulado Robótica Educacional, que teve seu início em 2013 por meio do edital do Programa de Iniciação Científica Junior (PibicJr), já conquistou diversos prêmios, tornando-se motivo de orgulho de toda a comunidade escolar.

O pesquisador cultural, documentarista, geógrafo e professor Sérgio Borges – da Escola Estadual Paulino Nascimento, localizada no Povoado Robalo, unidade escolar circunscrita à Diretoria de Educação de Aracaju – , com mais de 30 anos de experiência em regência de classe, é um eterno apaixonado pela prática docente. O educador realiza um trabalho diferenciado em sala de aula. Ele consegue aliar o que é cobrado nos conteúdos curriculares com a produção audiovisual. Inquieto, curioso e resolutivo, o docente, além de organizar Mostras de Filmes, e assim oportunizar o contato dos estudantes com as obras cinematográficas, já conquistou diversos prêmios locais e nacionais com 33 documentários produzidos no estado de Sergipe.

A atuação do professor de química, Danilo Oliveira Santos, do Colégio Estadual Deputado Guido Azevedo, em Areia Branca, na Diretoria Regional de Educação 3 (DRE 3), permite uma maior visibilidade e projeção da pesquisa na rede estadual de educação. O educador desenvolve três projetos que contam com o envolvimento e colaboração dos alunos voluntários e bolsistas do Programa de Bolsa e Iniciação Científica Jr. (PibicJr). Os estudos desenvolvidos são: Casca de banana utilizada como Adsorvente para a Remoção de Corantes; Laboratório de Química com Materiais Alternativos e Química em Areia Branca: Canal no Youtube para a divulgação de experimentos adaptados de livros didáticos (http://www.youtube.com/c/químicaemareiabranca ).

Os professores do Colégio Estadual Pres. Juscelino Kubitschek, em Nossa Senhora do Socorro, unidade escolar circunscrita à DRE 8, criaram uma iniciativa inovadora como reforço preparatório para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), denominada “Um sexto a mais”. Trata-se de mais um momento para promover as revisões. A iniciativa conta com a presença dos estudantes, que irão participar das avaliações do Enem. O docente de língua portuguesa e literatura, Dicson Soares dos Prazeres, é um dos idealizadores da ação.

Atividades recreativas e educativas, apresentações artísticas e muito aprendizado de forma lúdica, há uma década, movimentam a Capital do Sertão Sergipano: Nossa Senhora da Glória. Neste ano, o Show do Aulão chega a sua 11ª edição, como uma iniciativa a mais para a preparação do Enem, iniciativa do Centro de Excelência Manoel Messias Feitosa – unidade escolar circunscrita à DRE 9 – , idealizada pelo professor de matemática Denival Araújo. A iniciativa é um projeto interdisciplinar e conta com a participação de toda a comunidade escolar.

A junção da criatividade com práticas pedagógicas inovadoras é o segredo do sucesso do Projeto “Enem, o Sonho & Você”. A iniciativa idealizada pelo professor de português e literatura, do Centro de Excelência Dom Luciano Cabral Duarte, Fabiano Oliveira, já ultrapassou as barreiras geográficas: de Aracaju para o Brasil. Neste ano, a aula foi uma das atrações da XXII Feira Pan-amazônica do Livro.

As pesquisas intituladas “A Poesia indo à Escola” e “Jovens Cronistas do Sertão”, desenvolvidas pelo professor Carlos Alexandre do Nascimento Aragão, do Centro de Excelência 28 de Janeiro, situado no município de Monte Alegre, unidade escolar que oferta ensino integral, circunscrita à DRE 9, foram conhecidas também no continente africano, mais precisamente em Chão Bom, no Tarrafal, em Cabo Verde. O professor apresentou os estudos no I Seminário de Literatura e Cultura entre Irmãos: Cabo Verde e Brasil.

Enviado pela assessoria

Modificado em 12/10/2018 07:30

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