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Deus gosta de desmoralizar a medicina. Fé, Déda. Não desiste

Governador observa que doença lhe aproxima mais de Deus. “Deus está no próximo”, diz

Déda: na fé

Por Joedson Telles

Depois de ouvir da boca do governador Marcelo Déda, emocionado e chorando, que “a maior dor tem sido essa: fazer a obras e não estar lá para colher o sorrido do povo de Sergipe. Quando vocês forem colher os sorrisos lembrem de mim”, pergunto a ele se a fé em Deus continua e obtenho, de pronto, a resposta que esperava. “Continua. Eu não reclamo de Deus. Isso não significa dizer que não tenha fraqueza, tristeza. Que às vezes eu não tenha um pouco de fragilidade na minha fé. Mas, até o momento, Deus não me permitiu que eu elevasse a minha voz contra Ele. Porque Ele é insondável”, disse o governador.

Mesmo cercado por colegas jornalistas afoitos a saber do Banese, do aumento dos professores e de outros assuntos importantes, insisto na importância entre as importâncias e, recorrendo ao óbvio, mais uma vez, indago se a doença o aproxima mais de Deus.  “Aproxima. Aproxima, sobretudo, dos outros. Deus está no próximo. Então, a gente, às vezes, vai sabendo o que os outros sofrem. É assim. É assim…”, disse, dando ouvido a indagação de outro jornalista sobre outro tema…

… A  Bíblia ensina ao homem andar vigilante, pois a volta do senhor Jesus será como um ladrão à noite. Surpresa total no coletivo. Da mesmo forma, no campo individual, não sabemos quando termina nosso tempo na terra. Pode ser antes de Jesus voltar. E ninguém sabe precisar quando acontecerá a mais cruel das rupturas.

Pessoalmente, posso sequer terminar este texto e chegar minha hora. Pode ser hoje ou pode ser amanhã. Mas sempre será. E isso vale para novo, velho; preto, branco; rico, pobre; homem, mulher… Observe na mídia: a morte nem desculpa quer mais. Mas, infelizmente, mesmo sendo o único sentido da vida, muitos, sobretudo no mundo político, subestima a única lógica lógica da vida: Deus. As palavra de Déda mostram que ele não.

Nas suas palavras encontramos um Déda que demonstrar claramente ter descoberto – ou, no mínimo, acordado dentro de si – o verdadeiro sentido da fé. Ao falar que “Deus está no próximo”, Déda usa as suas palavras para discorrer, mais ou menos, o que o senhor Jesus pregou, ao mencionar que o grande mandamento é amarmos uns aos outros, da mesma forma que ele nos ama. Até porque não esqueçamos: Deus é amor.

No dia do aniversário de Déda, escrevi o texto “O exemplo de Déda”. Ali já sinalizava, mesmo fora do convívio, que a fé e a não entrega do governador frente ao problema o transformou num exemplo a ser seguido. O discurso emocionado de Déda, nesta segunda-feira 13, e as respostas reproduzidas fielmente aqui ratificam que acertamos na mosca: Déda é um exemplo. Seja qual for o desfecho, Déda é um exemplo.

Como o próprio Déda disse, a sua presença nas futuras inaugurações das obras do Proinveste está em xeque. Não comento. É profundo demais entrar na dor alheia e querer palpitar. Entretanto, como disse naquele texto, Deus não falha. E mediante a fé, costuma operar justamente quando o homem joga a toalha. Quando o clima pessimista dos que nos cercam, por ignorância teológica, coloca a medicina acima de Deus.

Não sei se o governador lerá este texto. Mas gostaria que ele não desistisse. Gostaria de lembrá-lo que Deus gosta de desmoralizar a medicina. Quanto mais complicado o problema, aí é que Ele opera o milagre. Até para ser glorificado e não deixar sombras de dúvida da sua grandeza. Os planos de Deus nunca são frustrados. Às vezes, nós é que vacilamos na fé – e, sem sentir que estamos dando terreno ao inimigo, permitimos lugar a dúvida. E dúvida é o contrário da fé.

Nenhum sergipano o esquecerá, Déda. Tampouco precisará de colher sorriso algum para isso. Há formas dignas de encarar as adversidades que a vida impõe que acabam por se transformar na maior obra do mundo. É aí que o advogado Déda cede terreno a um excelente engenheiro, cuja maior obra servirá sempre de exemplo para inúmeras gerações.

P.S. Às vezes, a fé lembra um antibiótico. Há casos para os quais usamos a caixa quase toda e pensamos que não está resolvendo. Quando tomamos o último comprimido, o remédio faz efeito.