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Deputado trabalha para trancar a pauta da Assembleia

Samuel: “propus para que o governo se organize”

 

Por Joedson Telles

O deputado estadual Samuel Barreto (PSL) trabalha juntos aos demais parlamentares para convencê-los a trancar a pauta de votações dos Projetos de Lei da Assembleia Legislativa de Sergipe – sobretudo as matérias de interesse do Governo do Estado. A ideia é suspender as votações até que o Estado resolva problemas como o pleito de servidores públicos por aumento em seus vencimentos. O deputado explicou que o Governo do Estado argumenta não recursos, mas anuncia obras diariamente.

“Ah, mas o dinheiro que está lá é para obras, não é para aumento de servidor. Eu nunca vi tanto anúncio de obras todos os dias no interior do estado. De onde está vindo esse dinheiro? Quando foi para dar aumento aos delegados, que merecem, mas é uma categoria elitizada,  o governo concedeu. Não tem dinheiro para servidor nenhum, mas para os procuradores do Estado e para os delegados de polícia ele concedeu. Os delegados estão corretos por lutarem. Agora, para policiais civis, militares, vigilantes da educação… a raia miúda do serviço não tem dinheiro. Só tem para a raia alta”, acredita Samuel.

Segundo o parlamentar, constantemente o Diário Oficial do Governo do Estado publica a nomeação de pessoas que ingressam no serviço público sem concurso público. Através dos Cargos Comissionados. O deputado enxerga isso como uma incoerência de um governo que alardeia não ter recursos.  “CCs e mais CCs. As pessoas ganhando Cargos de Comissão. Por que continua essas publicações? Cadê a redução das secretarias? Isso ele não quer dar, mas fica tentando arranjar desculpa para não o reajuste linear. Os sindicatos têm muita culpa disso. Vamos fazer uma carreata dia 10 com as associações militares, já entramos na justiça buscando o reajuste linear. Então todos os sindicatos têm que se manifestar, cobrar o reajuste linear, entrar na Justiça também, porque a Constituição é clara que não é um direito, é uma obrigação dos Estados dá a reposição da inflação e depois adequar a folha, demitindo cargos de confiança”, diz.

Samuel Barreto sustenta ainda que, para não demitir os ocupantes dos cargos de confiança, que, segundo ele, na verdade, são cabos eleitorais ligados ao grupo que comanda o governo, 60 mil servidores públicos acabam sendo penalizados. “É por isso que eu propus o trancamento da pauta, para que o governo se organize, economizando dinheiro em CCs, em obras que não são interessantes, mas se você chegar numa cidade do interior e perguntar se a população do município que uma praça ou um posto de saúde funcionando, eu não tenho dúvida da resposta. Se ela quer uma rua calçada ou um carro de polícia passando pela rua dela. Eu não tenho dúvida do que a população vai querer, mas o governador não quer isso”, disse.

O deputado assegurou ainda que Sergipe só tem segurança pública no interior quando o governador vai ao município. “Chega com 10 policiais e a população só conta com um soldado para dar segurança. Quando o governador chegar ao município, a população deve pedir para ele deixar pelo menos dois policiais naquele município. Ou então pegar os 10 policiais que dão segurança a ele e mandar fazer uma blitz na cidade, pelo menos para dar uma amenizada com os bandidos e na hora que ele for sair os policiais voltam. Para mim, eu posso ter polícia, posso colocar meus agraciados com cargo de confiança, para a elite do estado eu posso dar reajuste, mas para os pobres e pequenos não posso nada, gastando milhões na televisão todas as noites dizendo que está fazendo isso e aquilo? Para onde está indo esse dinheiro? Cadê os 27 mil empregos prometidos pelo Proinveste? A população precisa cobrar, quando o governador chegar no município, isso que nós cobramos aqui na Assembleia”, advertiu.

Modificado em 09/10/2013 09:21