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Deputada denuncia que 40 pessoas foram executadas em Sergipe. Só este ano

“Na elite desse estado tem muita gente que depende drogas para viver”, diz Ana Lúcia

Ana Lúcia: declarações polêmicas

Por Joedson Telles

A deputada estadual Ana Lúcia Menezes (PT), ao alertar para o que estaria acontecendo nas redes sociais contra a juventude negra e pobre, ajuizou que, em Sergipe, somente de janeiro até o mês de maio, 40 pessoas foram executadas em troca de tiro. “São 40 pessoas que têm estigma de bandido que não necessariamente podem ser”, denunciou. Segundo ela, a violência se resolve com atividades de cultura, esporte, e acima de tudo com educação, elevação do nível cultural da população. “Como se gerencia uma cidade com preconceito da juventude? Como a juventude não pode se manifestar com sua forma de se vestir, de falar, de ser no mundo? Em cima de preconceito, de droga, quando nós sabemos que na elite desse estado tem muita gente que depende drogas para viver? Se não tivessem tantos ricos dependentes talvez não tivesse gerando tanto dinheiro para os traficantes, e os grandes traficantes que não são presos?”, indagou

A deputada observou ainda que quem é preso é o pequeno, que vive na periferia. “Mas o grande, que fica milionário, esse é preso onde? E quando vem do estrangeiro é solto e quando vai tomar conhecimento já voltou pra Itália, como foi o caso daqueles italianos que estavam aqui que foi comprovado pela Polícia Federal que era tráfico internacional de drogas aqui. A gente tem que ter coragem de enfrentar os problemas, desvendar a realidade que estamos vivendo. Essa juventude está vivendo uma realidade muito difícil no município de Laranjeiras por conta de preconceitos, de visões extremamente equivocadas e violentas”.

Como presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, Ana Lúcia diz que está preocupada com a situação. “Se for traficante num instante é solto. É uma coisa impressionante. Como vai combater o tráfico, se em todo momento a Justiça está soltando os traficantes? Às vezes tem um jovem que cometeu um pequeno delito e que rapidamente pode-se reeducá-lo com outras medidas e de repente ele é condenado e fica na escola do crime, que, infelizmente, são as nossas penitenciárias e nossas medidas sócio-educativas. A gente precisa fazer que a sociedade mude sua opinião no sentido que não gere mais problemas, mas ache solução para os problemas”, disse.

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