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Déda reeditaria a aliança com Edvaldo ou apostaria em Zezinho? Se é que cabe a pergunta

Déda: sempre unificou com sua liderança

Por Joedson Telles

A cada dia fica mais cristalino que o PT não está dividido meramente entre apoiar a pré-candidatura do PC do B ou a do PMDB. Bem mais profundo, percebe-se uma legenda rachada entre os que enxergam ser preciso sobreviver à crise oriunda nacionalmente à custa do discurso ideológico e da coerência com a história do partido contra aqueles que fitam como boia de salvamento não apenas cargos no governo Jackson Barreto, mas também o que a máquina do Estado na pessoa do próprio Jackson pode oferecer eleitoralmente em 2018, para não ser sepultado como um partido grande. (Ainda é?)

O juízo fica evidente quando se leva em conta a explicação dada pela professora e deputada estadual Ana Lúcia para justificar sua opção única pela pré-candidatura do PC do B na pessoa do ex-prefeito Edvaldo Nogueira. Ana salienta as afinidades ideológicas e de objetivos entre as duas legendas, a histórica aliança em Sergipe e a solidariedade dos comunistas aos petistas no tocante ao processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Maior coerência com o que prega o PT impossível.

E o que diz o outro lado do PT? A parte que democraticamente faz valer a cultura petista de divergir, e que não fechou apoio a Edvaldo Nogueira e continua a namorar Jackson, digo, Zezinho Sobral? Nada. Ao menos de concreto, nada. Literalmente ganha tempo esperando a decisão do governador Jackson Barreto sob pena de não contrariá-lo. Abre mão de manter a coerência ideológica que sempre marcou o discurso petista, mas não demonstra o mesmo desprendimento no tocante aos cargos que ocupam no governo Jackson Barreto.

O PT para ser PT, ao menos o PT que pregam os petistas com história de militância nas ruas, precisa concordar com a deputada Ana Lúcia. Os argumentos da parlamentar da Articulação de Esquerda são irrefutáveis para que a coerência não seja jogada na lata do lixo como em outras decisões do partido. É só pegar a história do partido e comparar.

A única forma de os que não aderirem à lógica externada por Ana Lúcia provarem coerência com a história petista, com a ideologia pregada pelo PT ao longo dos anos, é persuadir o conjunto que Zezinho Sobral e o seu PMDB também têm afinidades ideológicas com o PT. Que há a mesma coerência na suposta aliança. Que houve lealdade a Dilma.

Caso se consiga estabelecer esta igualdade entre PC do B e PMDB, o que não creio, o debate passa a ser outro. Densidade eleitoral e capacidade para administrar Aracaju entre outros detalhes de praxe no mundo político, como a já citada neste espaço “fila” para ser candidato majoritário. Se isso e a afinidade ideológica, que precisa ser comprovada na prática – não basta o chamado blá, blá, blá, observe-se – não se consumar, não é possível sequer abrir os debates internos sem que o PT permita mais uma vez que seu discurso seja desmoralizado pela sua prática.

Sem filiação – quanto mais história de militância no PT -, convido o internauta a trazer à memória o saudoso em meio a este dilema petista e imaginar qual o caminho ele tomaria, se ainda estivesse em cena. É uma forma consciente de respaldar ou rechaçar juízos de valor. Maior autoridade no assunto impossível, Marcelo Déda reeditaria a aliança com Edvaldo Nogueira ou apostaria em Zezinho Sobral? Se é que cabe a pergunta dada a obviedade.

Modificado em 15/06/2016 07:55

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