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Déda, o Proinveste e mais uma lição da força de vontade dos que não jogam a toalha

Déda e a emoção do Proinveste

 

Por Joedson  Telles

“A maior dor é não colher o sorriso dos sergipanos. Quando vocês forem colher o sorriso dos sergipanos lembrem de mim”, assinado Marcelo Déda Chagas. Difícil é encontrar um ser humano minimamente informado sobre o Proinveste para esquecer o governador Marcelo Déda. Em meio a lágrimas ou sorrisos, a sua luta, mesmo enfrentando um câncer, para ver o dinheiro desembarcar em Sergipe foi algo ímpar. Uma vitória coroada com a notícia que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, despachou, hoje, e já está publicado no Diário Oficial da União a certeza de que Sergipe conseguiu o Proinveste. São R$ 567 milhões desembarcando em Sergipe. O governo investirá R$ 428,7 milhões em obras estruturantes em todo o estado e usará a outra parte do empréstimo para amortização de dívidas.

Principal responsável pela aprovação do empréstimo, o governador Marcelo Déda, que mesmo doente assumiu as negociações, sobretudo com a missão árdua de persuadir a Assembleia Legislativa a aprovar o empréstimo num momento em que os deputados da oposição exigiram que todas as obras fossem amarradas aos projetos, Déda se emocionou e emocionou, ao sancionar o Proinveste, no dia 13 de maio no auditório da Codise.

“Não sou engenheiro. Sou advogado. Mas tem obras que eu planejei. Escolhi fazer. E o coração fica pesado porque eu queria estar lá (na inauguração). Muito mais do que para cortar a fita. Muito mais que vaidade. Eu queria estar lá para ver aquilo que me fez entrar na política, ver o sorriso do meu povo”, disse Déda, que ao explicar que a sua maior angustia era fazer a obra e não colher o sorriso dos sergipanos foi às lágrimas sob um forte aplauso.

Após enxugar os olhos, naquela manhã de segunda-feira 13 de maio, Déda recuperou um pouco do emocional, tomou fôlego, pediu perdão e continuou o discurso. Salientou que em muitos momentos trabalhou contra a vontade dos seus médicos. “É um esforço que faço. Minha maior satisfação é poder colher o sorriso nos rostos dos sergipanos. Fico triste em não poder ir a todos os atos de entrega de obras e inaugurações, pois este é um momento de muita alegria. Obras que a gente tem aquele carinho. Então, é um espinho não ver esses sorrisos. Quando vocês forem colher os sorrisos lembrem de mim”, finalizou o discurso Déda.

Hoje, infelizmente, Déda, ainda não está em Sergipe, gozando de plena saúde. Participando de inaugurações de obras. Ainda luta contra um câncer no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Mas em qualquer ponto deste pequeno estado do ponto de vista geográfico que um sergipano – ou mesmo quem escolheu esta terra para viver –  estiver comemorando a aprovação do dinheiro que chegará para desenvolver mais Sergipe, a luta de Déda será lembrada. Lembrada como uma bandeira erguida por um homem doente, mas pronto a espelhar o exemplo de que nesta vida não importa as dificuldades. Tampouco as limitações para enfrentá-las. Quando se tem fé em Deus, persistência, força de vontade e trava-se o bom combate a palavra impossível acaba sendo excluída do dicionário. Parabéns, Déda. Parabéns, Sergipe.

Modificado em 10/07/2013 17:28

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