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Cultura sergipana é vítima de politicagem e preconceito

*Por Givaldo Ricardo

Nossa cultura popular vem sofrendo um ataque mesquinho nas Redes Sociais nos últimos dias. Políticos desocupados que dormem e acordam sonhado em voltar à vida pública, lideram o ataque junto com uma militância virtual de viúvas do poder. Vi postagens de humoristas canastrões, ex-intelectual – que outrora foi militante de esquerda e lamentavelmente, muita gente entrou nesta onda. Todos movidos por um moralismo momentâneo, alimentado pela disputa política extemporânea. Ou seja, fora de hora e sem propósito.

Esta anti-sergipanidade (com licença da palavra), veio à tona com o anúncio da inauguração do Largo da Gente Sergipana, fruto da parceria do Instituto Banese com o Governo do Estado, uma das maiores homenagens à cultura popular de Sergipe que será entregue à população no próximo dia 17 de março em comemoração ao aniversário da cidade. A obra fortalece a identidade cultural do povo sergipano e sem dúvida, será um dos espaços mais frequentados pela população local e por turistas.

A tentativa de desmoralização do monumento a cultura, começa pelo questionamento do preço. Acho que isso deve ficar sobe a responsabilidade de órgãos capacitados. É difícil determinar o preço de uma obra de arte. Não sei como dizer quanto vale financeiramente um quadro de Pablo Picasso e nem uma peça de renda irlandesa caprichosamente feita com o talento e a destreza manual de uma rendeira de Divina Pastora. Também não posso avaliar o preço de uma estátua que representa o Boi do Reisado. Aliás, disseram nas Redes Sociais que se tratava do Bumba-meu- boi do Maranhão. A ignorância sim, tem preço. Uma agressão proposital à cultura popular.

Deixando a politicagem orquestrada para lá, O Largo da Gente Sergipana é composto por um píer que entra no leito do rio Sergipe, atracadouro para pequenas embarcações e espaço de convivência. Também possui nove esculturas com 7 metros de altura que representam manifestações culturais sergipanas: Lambe-Sujo e Caboclinhos,

Bacamarteiros, Cacumbi, Parafusos, Reisado, Chegança, Taieira e São Gonçalo, além do Barco de Fogo, que também será homenageado na instalação.

As esculturas foram produzidas pelos artistas plásticos Félix Sampaio e Tatti Moreno com a chancela de intelectuais sergipanos como a pesquisadora Aglaé Fontes e a historiadora Josevanda Mendonça.

*Givaldo Ricardo é bacharel em Comunicação Social e presidente da Fundação Aperipê, afiliada da TV Cultura

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