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Com o braço direito, Ruidíaz faz um favor a política CBF

Por Joedson Telles

Nada mais surpreendente e chato, diga-se, que começar a semana falando de futebol num espaço criado para tratar de política. Mas nada absurdo. Basta lembrarmos que a política não existe apenas na forma partidária. Dito isso, desafio qualquer mortal provar o contrário: a CBF é mais política que o Senado, Câmara ou qualquer assembleia ou governo. E aí repousam quaisquer respostas para os ingênuos que ainda nutrem esperanças de a Seleção Brasileira de Futebol se reencontrar. Voltar a ser uma camisa respeitada. A crise óbvia é de comando. Sem mudar este rumo, nada feito.

A mídia ensina a descarregar tudo nas costas do Dunga. Até o culparia também. Mas não apenas pelos resultados negativos dentro de campo. Dunga erra bem antes quando aceita fazer parte de um projeto que já nasce falido. Quando topa se aliar a quem não tem compromisso com o tamanho do futebol brasileiro. Os erros de Dunga em campo são meras consequências dos seus primeiros passos errados. Até porque se a CBF fosse dirigida por pessoas que representassem, de fato, o torcedor brasileiro estas saberiam que o Dunga não é o melhor nome para liderar o projeto no vestiário. Há outros nomes  bem mais preparados, inclusive fora do Brasil.

A maior prova da diferença de estatura entre Dunga e a camisa amarela é o choro do treinador por conta da arbitragem pelo gol irregular do Peru, no jogo de ontem que eliminou na prática o que a teoria já havia sepultado há muito tempo. Culpar arbitragem? Pô! Juiz de futebol erra desde que o esporte existe e vai continuar errando. Aliás, esquivos de árbitros já salvaram a pele do próprio Dunga.

Em outras circunstâncias, o gol com a mão do Peru serviria de chacota. Uma verdadeira Seleção Brasileira dirigida, convocada e treinada pelos melhores daria uma sova no Peru tão cruel que um golzinho de “honra” com a mão seria a misericórdia. Basta imaginar o histórico jogo Brasil 1 x 7 Alemanha. Já pensou se o solitário gol de Oscar tivesse sido com a mão? Não seria de honra, mas para ratificar a desonra. Provocar risos entre os alemães.

A coisa na CBF tomou um rumo tão negativo, tão pessimista que perder para o Peru e ser eliminado da Copa América de forma tão precoce com um gol de mão, no fundo, é algo que, paradoxalmente, caiu do céu para o Brasil – tamanho é o caos em nosso futebol. “Lembremos” os 7 x 1 mais uma vez (como se alguém esquecesse). Os que desgovernam a CBF dariam a vida para ter a desculpa que os sete gols alemães foram marcados de forma irregular. Já pensou jogar o árbitro do jogo na guilhotina e livrar a própria pele da responsabilidade pela humilhante goleada? Perceberam o favor que o Ruidíaz fez aos que dirigem a política CBF, ao usar o braço direito e jogar a bola dentro do gol de forma irregular?

Modificado em 13/06/2016 07:34

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