“Interpelaram-no (Jesus) os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos de conformidade com a tradição dos anciãos, mas comem com as mãos por lavar? Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens. E disse-lhes ainda: Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição” (Marcos 7:5-9).
Muitas pessoas – inclusive religiosas – acreditam que podem agradar a Deus agindo conforme seus próprios juízos de valor. Fiéis à tradição. Seria, digamos, o “jeitinho brasileiro” de ser religioso.
E, assim, criam rotinas de vida – muitas até com as melhores intenções – e tentam conviver neste mundo caótico “fazendo o bem” na “certeza” que estão agradando a Deus. Não estão.
Ao repreender aos fariseus e aos escribas – inclusive sendo áspero a pondo de usar o adjetivo hipócrita -, Jesus Cristo deixa evidenciado que ninguém consegue viver como Deus quer permutando a vontade Dele por qualquer conceito do homem que venha se tornar uma tradição. As escrituras impõem autoridade.
Deus se manifesta, sobretudo, através das suas obras – entre elas o próprio homem – e da sua palavra registrada nas páginas da Bíblia de forma a não permitir a desculpa frágil da ignorância sobre a existência do criador. Tampouco da sua soberana vontade.
A Bíblia é, desta forma, uma espécie de manual único para que todo aquele que seja temente a Deus aplique na própria vida – e espelhe isso ao mundo, visando a vida eterna; somente assegurada aos eleitos de Deus no sacrifício de Cristo Jesus na cruz e, posteriormente, a sua ressuscitação para a glória.
Descartemos, então, as tradições e foquemos unicamente nas escrituras. Aliás, esta é justamente a dificuldade de pessoas que vivem hoje como os fariseus que questionaram Jesus. Até acreditam na Bíblia, mas quando há o choque com a tradição optam pela segunda.
São pessoas que, por exemplo, sabem que a religião abraçada alimenta práticas condenadas pelas Escrituras, mas, como esta religião é a mesma dos pais, dos avós… preferem permanecer no erro. Como disse Jesus, “negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens”.
Deus no comando.
Modificado em 03/04/2022 09:09