body { -webkit-touch-callout: none; -webkit-user-select: none; -khtml-user-select: none; -moz-user-select: none; -ms-user-select: none; user-select: none; }

Aos servidores, solidariedade. E Darcy Ribeiro: “Os fracassos são minhas vitórias. Detestaria estar no lugar de quem me venceu”

O saudoso Darcy

Por Joedson Telles  

É evidente que a decisão do desembargador Luiz Mendonça, nesta sexta-feira 18, é legítima, democrática, respaldada na lei. É desembargador e tem o poder e a competência para decidir. Cumpriu seu papel. Todavia, a beleza do direito reza que não é o desfecho. Liminar sempre presume um mérito a caminho. Ou não? Além disso, há outros meios legais no próprio Judiciário após a queda de uma liminar para que a toalha do trabalhador não seja atirada ao chão.

Por ora, o governo Jackson Barreto pula a fogueira. Pode até comemorar, se achar correto. Recorreu e venceu. Estará no seu direito. Pode substituir o peru estragado por outro em condições degustáveis e viva um Natal que dificilmente será mesmo dos servidores públicos. Faz parte da luta de classes…

Enquanto se aguarda os próximos capítulos da batalha governo x trabalhador, no entanto, busquemos alento nas palavras do saudoso antropólogo Darcy Ribeiro. Sempre uma referência nestes momentos.

“Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.

Profundo, não? Mas não é para a mente de qualquer um. Há quem até deboche. Há quem não entenda. Há quem concorde, mas outros valores sufocam sentimentos profundos. Há os incoerentes. Há… Total solidariedade aos sindicatos e trabalhadores vencidos, mas jamais derrotados.

 

Modificado em 18/12/2015 17:33

Universo Político: