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Ana Lúcia quer saber quanto o governo Jackson gasta do contribuinte com notas na mídia para agredir professores

Ana: apresentará requerimento 

Por JoedsonTelles

A deputada estadual Ana Lúcia (PT) quer saber quanto o Governo do Estado gasta do dinheiro do contribuinte pagando notas que estão sendo divulgadas na mídia contra o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Sergipe (Sintese). Uma destas notas que chamou atenção da parlamentar foi veiculada, na última terça-feira, dia 1º de março, na TV Sergipe, no chamado horário nobre, em um dos intervalos do Jornal Nacional, quando os custos dos segundos preenchidos com anúncios publicitários na TV sobem consideravelmente.

Ana Lúcia tentará obter a informação junto ao líder do governo na Assembleia Legislativa de Sergipe, o deputado Francisco Gualberto (PT). Caso não obtenha êxito, ela usará a prerrogativa de deputada e apresentará um requerimento no sentido de a Secretaria de Estado da Comunicação Social prestar contas de como está gastando o dinheiro público. A deputada analisa se as notas estão dentro da Lei da Publicidade, por conta do tom agressivo contra o Sintese.

“Agente não sabe quanto está custando essa publicidade em horário mais caro da televisão para agredir os professores e cada vez gerar mais insatisfação. O governo tem o direito de fazer publicidade divulgando ações que beneficiem à população. Ações educativas. Tem que divulgar. Mas não nota caluniando o sindicato. E o que é pior: deturpando o papel do sindicato na sociedade, ao invés de abrir o diálogo e negociar os direitos que os professores conquistaram ao logo da história e de sua luta, sai com nota agressiva, colocando o papel do Estado como se fosse do sindicato. E pagando com recursos públicos. Recursos do povo”, lamentou Ana Lúcia.

Ana Lúcia observou que a população tem conhecimento que o papel do Sintese é defender os professores. Seus direitos, vantagens e condições de trabalho e saúde. “Isso tudo está relacionado a um projeto, a uma política pública de Estado. Porque as condições de trabalho que estão relacionadas às condições de saúde dependem da política que se está implementando. Portanto, o Sintese está no seu dever. Não só de reivindicar direitos trabalhistas, do piso salarial, do reajuste do piso na nossa carreira, porque eu já mostrei na tribuna: a maioria dos professores está ganhando o mínimo, que é o piso salarial. Então, nossa carreira está totalmente desmontada”, denunciou a deputada, assegurando que não há condições de trabalho nas escolas públicas.

“Há muitos anos que a gente não tinha denúncia, por exemplo, de falta de livro didático, que é o instrumento mínimo que o professor tem de trabalho. O ano passado, até escola da capital, que estão mais próximas da Secretaria de Educação? Na escola José Alves Neto, os professores estavam alfabetizando sem livro. Sem papel. Sem nada. Os professores comprando com seus recursos materiais para poderem cumprir as tarefas de ensinar. Um cenário de desmonte da escola pública. E o governo, ao invés de dialogar e possibilitar as condições mínimas de trabalho, não. Vem com notas agressivas… As pessoas estão acompanhando. A crítica do Sintese não é agressiva. Mostra que o governo traiu. Fez promessa e não está cumprindo”, disse.

A deputada demonstrou ainda sua preocupação com pesquisas de universidades paulistas que apontam que o Brasil está virando um Estado militarizado. “Um Estado que prioriza repressão. Qualquer manifestação é reprimida. Que cidadania é essa? O que é ser cidadão, se você não tem autonomia de ter o senso crítico de ter o direito de refletir sobre a realidade e reivindicar para mudar? Não estamos no estado democrático. Um Estado que gasta o dinheiro do povo para agredir uma categoria que está aviltada no seu direito e suas condições de trabalho? É muito séria essa situação. Vamos ver de que forma o parlamento contribui para mudar essa situação. Inclusive que fere a história de Jackson Barreto”, disse a deputada, avaliando que Jackson, neste aspecto, se mostra mais intolerante que os ex-governadores João Alves, Albano Franco e Antônio Carlos Valadares.

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