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Ana Lúcia afirma que o preconceito da sociedade ficou comprovado na Assembleia

Deputada foi a única a votar contrária a uma emenda vetando a ideologia de gênero

Ana: “é grave  a homofobia”

Por Joedson Telles

“Estamos vendo como é grave a homofobia. O preconceito é fortíssimo na sociedade brasileira, e ficou comprovado aqui na sociedade sergipana através dos seus representantes. A não compreensão de que você precisa ter uma educação que supere o preconceito, os estigmas, os rótulos… Tivemos ontem um homossexual assassinado na Praia de Atalaia. A todo o momento, eles são maltratados, assassinados e é muito preocupante a posição da Assembleia Legislativa de Sergipe, que vai por uma ótica religiosa, mas, às vezes, nem são praticantes religiosos. Vai para uma ótica religiosa sem querer enfrentar o debate da diferença de fé, doutrina para políticas públicas que são laicas, porque você tem que respeitar os vários credos”, desabafou a deputada estadual Ana Lúcia (PT) – única parlamentar que não votou favorável à emenda do deputado Antônio dos Santos (PSC) contra a ideologia de gênero.

Ana Lúcia observou ser preocupante o que definiu como uma visão fundamentalista e autoritária da sociedade. E chama a atenção para comportamentos fascistas. “Um querendo a morte do outro por divergências e diferenças política ideológica. Isso é muito grave. E precisamos enfrentar. Acredito no processo de educação contínuo. Na superação dos preconceitos, que só trazem o sofrimento humano. A comunidade negra, LGBT, os deficientes são os mais discriminados”, disse Ana Lúcia.

Provocada sobre a grande diferença no placar, já que foi a única a votar contra a emenda do deputado Antônio dos Santos, Ana Lúcia respondeu que não esperava a diferença, e classificou a sociedade de hipócrita. “Muito hipócrita. Você tem um comportamento, mas não assume diante da sociedade. Fica escamoteado e, na hora de votar, vota contra a maioria da sociedade. Contra a paz, o amor. Porque a intolerância na questão religiosa, sexual, da etnia tem levado à violência na nossa. A causa está aí. Está em você não compreender o outro da forma que ele é. Você quer impor a sua forma, o seu jeito como certo. Isso não gera democracia. Hitler assassinou e colocou a tese que todos os judeus tinham assassinado Jesus e por isso era preciso vingança. E foi exatamente no espírito da não tolerância que vimos os nossos irmãos judeus sendo assassinados barbaramente. A partir de uma ideologia. De uma ideia do que ele achava correto”, disse.

Modificado em 01/09/2015 06:26

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